Os servidores estaduais da Saúde iniciaram, na última sexta-feira (17), uma greve por tempo indeterminado, segundo eles, em protesto contra a política de desvalorização da categoria, agravada por cortes no adicional de insalubridade e na extensão da carga horária. No mesmo dia do anúncio da paralisação, os trabalhadores fizeram uma manifestação seguida de passeata na região do Iguatemi, uma das principais da capital baiana.
As atividades do movimento grevista continuam na manhã desta segunda-feira (20) com um protesto em frente à Secretaria Estadual de Saúde, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.Os trabalhadores também pedem a saída do secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, “pela intransigência e falta de sensibilidade em negociar a pauta específica da categoria”.
De acordo com o presidente do Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Esatdo), Silvio Roberto dos Anjos e Silva, o secretário faltou a três reuniões do Conselho Estadual de Saúde. Na próxima reunião extraordinária do CES, marcada para a próxima quarta-feira (22), às 9h, na Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA), os servidores em greve estarão presentes para cobrar de Vilas-Boas uma resposta sobre a mesa de negociação da categoria.
“Não devemos ceder às ameaças e pressões das diretorias de que vão cortar ponto de quem aderir à greve”, declarou Sílvio Roberto. Segundo o sindicato, a greve acontece, também, no interior do Estado.
O movimento tem tido mais força nos municípios-sede das extintas Dires (Diretoria Regional de Saúde). São Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Gandú, Ilhéus, Itabuna, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Paulo Afonso, Cícero Dantas, Serrinha, Jequié, Itapetinga, Juazeiro, Jacobina, Mundo Novo, Itaberaba, Brumado, Vitória da Conquista, Irecê, Ibotirama, Boquira, Caetité, Barreiras, Santa Maria da Vitória, Seabra, Senhor do Bonfim, Amargosa, Guanambi e Cruz das Almas.
 
Confira a pauta de reivindicações:
1 – Revogação do corte do adicional de insalubridade
2 – Revisão da regionalização da saúde de acordo com as discussões realizadas com os trabalhadores em cada Núcleo Regional de Saúde.
3 – Implantação imediata da progressão no PCCV do grupo saúde e agilização das discussões para regulamentação da promoção;
4 – Implantação de carreira para o grupo técnico administrativo;
5 – Incorporação da GID ao salário base;
6 – Fim da privatização dos serviços públicos de saúde sejam OS, PPPs, PJ e  terceirizações  para grupos privados lucrativos ou filantrópicos;
7 – Revisão do valor de ticket alimentação, auxílio transporte e do valor das diárias;
8 – Melhoria das condições de trabalho e assistência à população;
9 – Realização de concurso público para todos os cargos do grupo saúde e grupo técnico administrativo;
10 – URV.
 
Da Redação
Colaborou Ascom/Sindsaúde