“É na praça que a gente protesta e reivindica nossos direitos. É na praça que a gente conquista nossas vitórias. E esta comemoração dos trabalhadores domésticos da Bahia não poderia ser em outro local, não fosse nesse espaço de convivência da cidade de Salvador”. Foi assim que a dirigente do Sindoméstico, Marinalva de Deus Barbosa, recebeu uma placa comemorativa pela passagem do “Dia da Valorização do Trabalho Doméstico”, na manhã desta quarta-feira (29/4), na Praça Cairu, na Cidade Baixa de Salvador.

Segundo ela, “os 25 anos de criação do sindicato deram, a todas elas, noções de cidadania”. A iniciativa do Governo da Bahia foi promovida pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e  ofereceu uma leque de serviços, como parte das celebrações do dia do trabalhador doméstico.

Os presentes tiveram acesso a orientações trabalhista, jurídica e de combate ao trabalho doméstico infantil, Previdência Social, cadastramento de trabalhadores autônomos (SineBahia-Patra), cálculo trabalhista e atendimento e prevenção às formas de violência contra a mulher.

Para a categoria, o titular da Setre, Álvaro Gomes,  defendeu a redução da jornada de trabalho para 6 horas/dia e salários mais dignos. “Esta é uma parcela de trabalhadores que ainda vive sob os resquícios dos tempos da escravidão no Brasil”, destaca.

Coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Tânia Portugal disse que a valorização do trabalho doméstico é uma das prioridades do governo do Estado desde 2007, quando da criação da ABTD.

Parceira da iniciativa, a representante da Unijorge, a advogada Cínzia Barreto, esclareceu que “uma das preocupações atuais dos trabalhadores é o Projeto da Terceirização (PL 4.330), ora em debate no Congresso Nacional”. Ao seu lado a coordenadora do SineBahia-Patra, Niedja Cruz, fazia pré-cadastramento dos trabalhadores interessados em participar do programa da Setre que tem hoje 750 profissionais em atividade

Com informações da Setre