As doenças ocupacionais dos trabalhadores de postos de combustíveis causadas pela exposição de produtos químicos, entre os quais o benzeno, que provoca vários prejuízos à saúde humana, foi alvo da conversa entre o diretor de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba), Antonio Lago, e o secretário estadual do Trabalho e Esporte (Setre), Álvaro Gomes.
Durante a audiência, realiza na quinta-feira (22), na sede da Setre, Antonio Lago pediu apoio para o enfrentamento da questão. “Os frentistas trabalham expostos a vários fatores de riscos e precisamos combater esse grave problema de maneira urgente”, afirmou.
O secretário Álvaro Gomes lembrou que, dentro do Programa Bahia do Trabalho Decente, existem ações do Governo do Estado para fiscalizar e acabar com este problema e garantir a saúde do trabalhador. “Dentro dos nossos esforços vamos tentar ajudar a categoria a diminuir este problema”.
O sindicalista Antonio Lago explicou que é preciso uma fiscalização mais rígida da atividade e lembrou a necessidade de criação de uma Lei, como existe em Santa Catarina, para que os tanques de combustíveis dos veículos sejam abastecidos somente até o automático. Ele relatou que a prevalência de frentistas é do sexo masculino, com idade entre 26 a 33 anos, e 86% deles conhecem os riscos a que estão expostos.
“Sabemos que a falta de treinamento e conscientização dos próprios frentistas contribui para o aumento dos riscos. E isso nos preocupa muito. Como liderança sindical, temos feito diversos alertas constantes e lutando também pela aposentadoria especial desses profissionais”, comentou Lago.
Com informações da Setre