Notícia

Vereador trabalha pelos avanços dos direitos indígenas na Bahia

28 janeiro, 2015

Localizado no Sul da Bahia, o município de Santa Cruz Cabrália é conhecido por possuir uma das maiores aldeias indígenas do Brasil: Coroa Vermelha. Foi lá que surgiu um importante defensor das tradições e direitos dos índios, o Cacique Aruã, atual vice-presidente da Câmara de Vereadores e integrante do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia.
Reeleito para a vice-presidência da Casa Legislativa, o comunista afirma que tem realizado um trabalho de instrumentalizar o município para garantir os direitos indígenas. Entre os projetos de sua autoria, estão em tramitação a criação da categoria de professor indígena, do Conselho Municipal de Questões Indígenas e do Fundo Municipal de Ação Indígena. Santa Cruz Cabrália tem uma população indígena de mais de 6 mil pessoas e, desde 2005, conta com a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas.
Além disso, Cacique Aruã é autor do projeto que cria o Fundo Municipal de Desenvolvimento Rural, que vai fortalecer e desenvolver a agricultura familiar. Dessa forma, os assentamentos sem terra serão beneficiados por políticas de inclusão social. No momento, o assunto está em discussão na Câmara.
O representante indígena é responsável, ainda, pela proposta em criar a Secretaria e o Conselho Municipal de Juventude. “Já realizamos algumas reuniões com a União da Juventude Socialista (UJS), para fortalecer as ações em nosso município”, afirma.
De acordo com Aruã, é necessário que as minorias ocupem os espaços de poder e apresentem à sociedade suas reivindicações e anseios. “Precisamos estar nos espaços políticos. Temos de ter representações indígenas em todas as instâncias. Faço parte do Comitê Estadual do PCdoB e participo das decisões, ações e construções para o segmento. Somos nós quem sabemos das nossas necessidades. Não podemos ficar fora disso”, declara.
Avanços
Cacique Aruã revela que antes do governo Wagner (2007-2014) os índios, praticamente, não tinham acesso aos programas sociais. “Nossa representação começou a ter visibilidade com o governador Jaques Wagner. E isso só aconteceu graças ao nosso trabalho e insistência”.
Nesses últimos oito anos, foi criada a categoria de professor indígena, o concurso para professor indígena, a Coordenação de Política para Povos Indígenas, a Coordenação de Educação Escolar Indígena, do Conselho dos Direitos dos Povos Indígenas, o  Grupo Executivo Intersetorial (formado por várias secretarias) e o Plano Operacional de Trabalho (possibilitou a implantação de projetos e ações indígenas).
Sobre o futuro, o representante indígena acredita que as expectativas são positivas. “Tivemos muitos avanços. Agora, com o governador Rui Costa, esperamos ampliar ainda mais os direitos conquistados. Vamos batalhar por isso”, finaliza.
 
 

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