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Vereadores de Salvador conclamam população para defender a democracia

14 abril, 2016

IMG-20160413-WA0053Nos últimos meses, o Brasil está vivendo um momento grave da conjuntura. Na expectativa para a votação deste domingo (17/04), na Câmara Federal, sobre a abertura do processo de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff, parece que todo mundo está em suspenso. Mas, a mobilização tem que continuar. Nesta sexta-feira (15/04), a partir das 15h, tem ato no campo Grande em defesa da democracia e, no domingo (17/04), é a vigília dos movimentos sociais pela votação contrária ao golpe.
Por isso, o PCdoB conclama toda militância a acompanhar, debater, discutir o cenário político, convencer os deputados aos quais têm acesso de serem contra abertura do processo de impedimento, usar as redes sociais para continuar desmascarando os golpistas e permanecer nas ruas.
“Vamos todos nos próximo dias ocupar as ruas e expressar nosso repulso contra a tentativa de golpe que querem impor ao nosso país. Não nos interessa interromper o processo democrático e de mudanças sociais. Não nos interessa afundar o país cada vez mais na crise econômica e na instabilidade política”, disparou Everaldo Augusto. Segundo ele, o que interessa aos brasileiros é o avanço da democracia, das políticas sociais e a ampliação de direitos. “Por isso, vamos às ruas dizer: não vai ter golpe!”.
A vereadora Aladilce Souza, líder da bancada de oposição na Câmara Municipal, está confiante em relação ao resultado, pois acha que a maioria dos deputados federais vai compreender a gravidade do momento e vai se posicionar contra o golpe. “Trata-se de um impeachment sem causa, sem crime de responsabilidade que caracterize a possibilidade de impedimento do mandato, como está previsto na legislação brasileira. A presidenta Dilma, foi eleita por mais de 54 milhões de votos”.
Não se sabe a dimensão do que pode acontecer caso a presidenta seja impedida pelos conservadores de continuar o mandato legalmente, até 31 de dezembro de 2018. O que se sabe é que a população vai sofrer imensamente, porque se trata de quebrar a constitucionalidade democrática. O Brasil precisa avançar e ser recomposto politicamente na sociedade. Mas, isso tem de ser feito no plano político, de forma legal, sem precisar tirar a presidente de maneira injusta.
“A Constituição prevê que mudanças de governo são através de eleições. O pleito de 2014 foi reconhecido, legitimado. Vamos confiar que o Congresso Nacional não vai dar mais um golpe. Este é o período mais longo da democracia na história e não podemos permitir que seja aniquilado novamente. Pagamos muito caro, com vidas, perdas de processos e qualidade de vida, durante muito tempo, por conta do golpe de 64”, concluiu Aladilce.
Todos nas ruas nesta sexta (15/04), 15h, no Campo Grande, e domingo (17/04), no Farol da Barra, às 9h. A mobilização da sociedade civil organizada é indispensável nesse momento fragilizado da política nacional. Não vai ter golpe.

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