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Vicente Neto esclarece comentário de Boechat em rádio

3 novembro, 2015

Nesta segunda-feira (03/11), o jornalista Ricardo Boechat, durante seu programa de rádio, falou sobre uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada em 02/11, que tratava da distribuição de cargos no governo federal para pessoas sem experiência na área em questão.
Entre os citados na matéria está Vicente Neto, novo superintendente da Funasa-BA. Profissional reconhecido por larga caminhada na administração pública, tendo ocupado cargos importantes nos últimos anos, Vicente divulgou nota sobre o fato. Confira o comunicado na íntegra:
Prezado Boechat, bom dia.
Na condição de seu ouvinte e, hoje, investido no cargo de Superintendente Estadual da FUNASA-BA, presto os seguintes esclarecimentos sobre matéria veiculada na Folha de São Paulo, comentada em seu programa na BandNews.
Sou graduado em Turismo, pós-graduado em Administração e acadêmico do curso de Direito. Servidor público da Universidade Federal da Bahia há trinta anos, dos quais 10 destes requisitado para exercer cargos públicos. Fui secretário municipal em dois municípios baianos, São Sebastião do Passé (Planejamento Urbano e Desenvolvimento Econômico) e Lauro de Freitas (Cultura e Esporte).  No Ministério do Esporte, ocupei as funções de Chefe de Gabinete, Secretário Executivo Substituto e Ministro Interino.  Fui o coordenador nacional do Programa de Voluntariado Público para a Copa do Mundo de 2014. Até maio passado, fui o Presidente da Embratur.
O cargo de Superintendente da Funasa, em meu estado de origem, muito me honra pelo desafio e pela indicação feita por meu partido, o PCdoB, o mais antigo partido deste país em atividade. O sistema de governo baseado em presidencialismo de coalizão equilibra o poder do governante máximo eleito com a representatividade alcançada igualmente pelo voto recebido pelos partidos com assento no parlamento. 
O cargo em comento tem função de articulação de políticas públicas junto aos três entes federados. Exige conhecimento do plano plurianual, orçamento público, convênios, descentralização de recursos, articulação com municípios para participação em editais públicos, dentre outros temas que me especializei na academia e que convivo há anos. Saúde ambiental e saneamento são temas transversais e parte fundamental da política inclusiva adotada pelo governo desde 2003. Não me falta disposição para o aprendizado permanente, mesmo tendo acumulado razoável experiência com a gestão pública.
A Bahia é um estado do tamanho da França. Ainda guarda sequelas do coronelismo perverso que o dominou por quase quarenta anos e que usou a miséria como moeda de troca política. A Funasa muito já fez por aqui e ainda há muito a fazer. Estão em curso investimentos em áreas de vulnerabilidade social para melhorar a vida das pessoas em temas como saúde ambiental e saneamento. Encontrei uma equipe motivada e disposta a ampliar a ação do órgão.
 
É incorreto deduzir que a função pública de gestor só possa ser exercida por quem é daquela especialidade. Assim, o extinto Ministério da Pesca só poderia ser dirigido por um pescador. Ou o do Esporte por um atleta. Ou o da Saúde por um profissional do ramo (o ex-Ministro José Serra é economista). Caso prevalecessem as boas regras do jornalismo, o profissional da Folha deveria ter me procurado para, ao menos, saber se tenho experiência em cargo público ou se informado sobre minha formação acadêmica. Não o fez. Preferiu a jocosidade.
Saúde e paz,
Vicente Neto

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