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Wagner diz que governo será repactuado e PCdoB deverá ser contemplado

7 abril, 2016

O ministro-chefe do gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, garantiu que o governo será repactuado, após a saída do PMDB da base de apoio, durante a cerimônia de incorporação do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia à Marinha, na última quarta-feira (06/04), em Salvador. Segundo Wagner, os ministérios ocupados pelo PMDB deverão ser destinados “a quem acredita no governo”.
“Se ele [PMDB] abriu mão, ele sai de ministérios. Se ele sai de ministérios, a presidenta terá que repactuar, reorganizar o seu ministério e eu acho absolutamente natural. É assim na política de coalisão. Uma vez tendo que repactuar, se repactua com aqueles que estão no governo. Você não pode repactuar com quem não acredita no governo”, afirmou o ministro-chefe.
Ao falar da nova composição, Wagner sinalizou que o PCdoB, aliado desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, deverá aumentar a presença no governo. “Aqueles que trabalham conosco devem ampliar a sua participação. É uma realidade. Nós vamos reorganizar o governo com PP, com PCdoB, com PR, com PSD, com todos aqueles que tiverem a decisão de continuar apoiando o governo”.
Na ocasião, Jaques Wagner também falou sobre as tentativas de impeachment da presidenta Dilma e defendeu que o processo “já caiu por terra”. “[O processo de impeachment] Não representa a legalidade nem nada. Ele, na verdade, aprofunda a crise e fragiliza a democracia brasileira. Essa insistência da oposição há 15 meses em procurar uma causa para um impeachment sem causa é muito ruim”.
A avaliação do governo, segundo ele, é de que já existe uma “consistência na permanência” dos partidos na base do governo e que isso é um sinal positivo de alteração do atual cenário.

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