Notícia

Wenceslau Jr.: “Queremos um partido cada vez mais forte”

8 maio, 2015

No último mês de abril, aconteceu no município de Itabuna um encontro dos comitês municipais do PCdoB que estão localizados nas regiões do Litoral Sul e do Médio Rio de Contas. A atividade fez parte da série de encontros regionais que Comitê Estadual realiza para dialogar com a militância nos mais de 400 municípios em que o PCdoB está presente, no estado.
O encontro em Itabuna levantou questões relacionadas à estruturação do partido na região, às estratégias para as eleições do ano que vem e ao cenário de crise no país. Um dos resultados das discussões se refere à necessidade de fortalecer o PCdoB regional e de aumentar a presença do partido nas disputas pelas prefeituras e câmaras de vereadores, em 2016.
Ao lado do deputado federal Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior, que é vice-prefeito de Itabuna, é um dos principais articuladores do PCdoB na região. No comitê municipal, Wenceslau ocupa a Secretaria Institucional e trabalha pela construção de uma frente regional do partido articulada e forte. Confira os principais trechos da entrevista com o secretário, que também integra o Comitê Estadual.
 
Encontro regional
Foi um encontro muito proveitoso, que teve a participação de, praticamente, todas as cidades do Território de Identidade do Litoral Sul e algumas cidades do Médio Rio de Contas, como Itagibá e outros municípios da redondeza. O objetivo nosso é ampliar o número de candidatos majoritários no território. Nós já temos o prefeito de Itagibá, que é acompanhado por nossa regional, temos chances eleitorais concretas de ter candidatos pela legenda do partido como em Ibicuí, Camacã, Itajuípe, Guaraci, Almadina.
Itabuna 2016
Em Itabuna, estamos aguardando o desenrolar para definir a posição, mas com certeza o partido terá presença na chapa majoritária. Há uma indefinição, em razão do compromisso que o partido tem com o prefeito Vane porque participa do governo e atua fortemente na gestão. Até o momento, o prefeito não deu uma posição cabal se será ou não candidato. Não sendo ele o candidato, o PCdoB terá um candidato em Itabuna.
Partido forte
Outro objetivo é, já que temos presença em todas as cidades da região, que em todas cidades se lancem, pelo menos, candidaturas a vereador, com condições de representar o partido no Legislativo. Além do mais, pretendemos fazer essa estruturação partidária, não só com vistas em 2016, mas em relação à vida cotidiana do partido, no que diz respeito à nossa intervenção nos movimentos sociais, à formação política dos quadros do partido. Que a gente possa ter um partido cada vez mais forte!
Davidson Magalhães
Nós entendemos que, a partir da assunção do mandato do deputado federal Davidson Magalhães, que é oriundo e tem militância na região, os horizontes do PCdoB também ampliaram. Várias lideranças políticas novas, jovens ou já consolidadas buscam uma aproximação com o partido, a exemplo do vereador de Itabuna, Carlos Coelho, pré-candidato a prefeito de Ibicaraí, entre outras lideranças. O mandato de Davidson está atento e bastante articulado com as demandas da região. Há uma atuação muito forte, não só no município de Itabuna, mas em toda região do Sul, Extremo-Sul, Rio de Contas, buscando atender as expectativas da população, representar os interesses regionais, articular os movimentos sociais, que vem fortalecendo o PCdoB e atraindo novas lideranças para os quadros do partido.
Crise
É um momento difícil, de crise profunda, que acaba, também, reforçando a crise econômica que a gente vive, que envolvem as maiores empresas empreiteiras do Brasil e a paralisação de obras importantes no nosso país. Mas a gente espera que a crise seja superada e tem sido feito um esforço da presidenta Dilma e do partido pelo enfrentamento, sem passar a mão na cabeça dos que cometeram deslizes, mas retomando o país à normalidade. Claro que a repercussão da crise nas eleições de 2016 a gente não pode prever. Nós dependemos da capacidade do país de se recuperar, principalmente do ponto de vista econômico. Acho que esse é o grande desafio.
Reforma política
Por outro lado, a gente vê, também, que a origem da crise é o atual sistema brasileiro e, infelizmente, pela atual composição do Congresso, não temos perspectivas de mudanças positivas, qualitativas. Se houver mudanças vai ser pra pior, em relação à possibilidade de reforma política, a não ser que o povo brasileiro se mobilize por uma agenda mais progressista de reforma política.
 
Entrevista: Erikson Walla

PCdoB - Partido Comunista do Brasil - Todos os direitos reservados