Notícia

PCdoB-BA cria rede de articulação dos militantes da luta antirracista

12 maio, 2020

A Secretaria de Combate ao Racismo do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia se reuniu, na última segunda-feira (11/05), por videoconferência, para discutir ações de enfrentamento à Covid-19 e de atuação pós-pandemia. Entre as deliberações, está a criação de uma rede de articulação da secretaria para a formação, mobilização e organização dos quadros da luta antirracista no estado.
O objetivo da rede, liderada pelo secretário estadual Alex Reis, é promover encontros virtuais para a definição de ações, metas, prazos e monitoramento, visando, inclusive, as eleições deste ano. Uma lista de pré-candidaturas negras e indígenas em importantes municípios baianos foi elaborada para que o grupo possa acompanhar e oferecer apoio.
Na lista, está Salvador, com a pré-candidatura a prefeita de Olívia Santana, e outros 20 municípios: Lauro de Freitas, Candeias, Simões Filho, Itaparica, Valença, Ituberá, Taperoá, Aratuípe, Santo Amaro, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Maragogipe, São Francisco do Conde, Alagoinhas, Itabuna, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Prado, Vitória da Conquista e Santaluz.
O encontro contou com a participação do presidente estadual do Partido, Davidson Magalhães, e da secretária nacional de Combate ao Racismo, Olívia Santana. Os dois dirigentes reforçaram o pedido para que os militantes e dirigentes da luta antirracista busquem maior interação e sinergia para garantir o maior número possível de candidaturas eleitas no próximo pleito.
A videoconferência da Secretaria Estadual de Combate ao Racismo do PCdoB-BA ainda serviu para um debate sobre os efeitos sociais causados pelo coronavírus. A orientação foi de que os dirigentes e militantes da luta antirracista devem envidar esforços para prestar apoio às comunidades tradicionais e povos originários, moradores de áreas mais pobres e em situação de maior vulnerabilidade, em razão da pandemia.
Olívia defendeu, inclusive, que a militância e organizações antirracistas devem fazer campanha para que o auxílio emergencial seja pago pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e instituições privadas, de modo a acabar com as “vergonhosas e humilhantes” filas para o recebimento do benefício. Para ela, neste momento, é crucial prestar solidariedade aos segmentos desassistidos e os sensibilizar para que haja maior adesão ao isolamento social.
Além disso, as 60 lideranças participantes da reunião também sinalizaram a importância de aumentar a vigilância, alerta e denúncia de casos de violação de direitos, invasão dos territórios e terras, racismo e opressões correlatas, principalmente os assassinatos das lideranças indígenas e negras nesse período que teve um aumento exponencial de casos.
Os militantes da luta antirracista ainda fizeram críticas às ações do governo Bolsonaro no combate à Covid-19. Sobre isso, Davidson Magalhães defendeu que a tarefa primordial é ampliar forças em prol da democracia e do desenvolvimento nacional, e destacou o papel na militância negra e indígena para o impulsionamento da frente de salvação nacional e “combate tenaz ao governo antidemocrático e promotor do caos”.

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