Notícia

Assembleia Mundial dos Povos e Movimentos Sociais é realizada no FSM

16 março, 2018


Na véspera do encerramento do Fórum Social Mundial (FSM) 2018, nesta sexta-feira (16/03), foi realizada em Salvador a Assembleia Mundial dos Povos e Movimentos Sociais, no Ginásio dos Bancários. Lideranças de diversos países levaram as questões discutidas durante o Fórum para o encontro, com o objetivo de fazer um diagnóstico dos problemas, pensar em alternativas e construir uma agenda.
Do debate, foi elaborado um documento com oito pontos que expressam as principais questões trazidas pelos povos e movimentos (ver a lista no fim do texto). Os pontos contemplam as lutas contra o racismo, o machismo, a homofobia, a morte de jovens, pelo respeito à diversidade cultural e religiosa, educação gratuita, moradia digna, entre outros.
Entre os brasileiros, diversas categorias e povos estiveram presentes. As demandas dos estudantes foram apresentados pelos presidentes nacionais da UNE (União Nacional dos Estudantes), Marianna Dias, e da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Pedro Gorki, que fizeram uma intervenção conjunta em defesa da educação e da democracia.
A coordenação dos trabalhos foi de Edson França, dirigente nacional da União dos Negros pela Igualdade (Unegro), que fez críticas à metodologia da assembleia. Para ele, o modelo pensado pelo Fórum Social Mundial, “que tenta inovar”, não dá ao importante encontro mundial a qualidade que merece, pelo aspecto de colóquio que assume.
“O Fórum não pode ser um grande colóquio, mas um espaço de pactuação de luta, de agenda, de diagnóstico concreto da situação internacional, de defesa da soberania dos povos, contraponto ao imperialismo, ao neoliberalismo. Se a gente não consegue exprimir isso em lutas concretas, fica tudo muito fluído”, defendeu.
A agenda de lutas da Assembleia Mundial dos Povos e Movimentos Sociais ainda segue em construção. Uma das propostas de atividades é a promoção do Dia da Ação Global, provavelmente em outubro.
Abaixo, a lista dos oito pontos que sintetizam as discussões:
1 – Luta contra todas as formas de racismo estrutural.
2 – Por uma educação popular, libertadora, democrática, pública e gratuita.
3 – Por uma moradia digna.
4 – Pelos direitos dos LGBTS e pela igualdade de gênero, contra a violência, especialmente o feminicídio.
5 – Pelo direito à diversidade religiosa, cultural e étnica dos povos.
6 – Pela emancipação dos povos
7 – Por um sistema político, social e econômico não discriminatório e não excludente.
8 – Contra o genocídio das juventudes, em especial das populações negras.
 
 

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