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Comitê Baiano pela Paz na Venezuela é lançado em Salvador

23 agosto, 2017

 
encontro venezuela
 
O movimento internacionalista com atuação no estado realizou um ato, na noite da última terça-feira (22/08), em Salvador, para manifestar solidariedade ao povo venezuelano, diante do cenário político conturbado, que inclui ameaças de intervenção dos Estados Unidos. Na ocasião, foi lançado o Comitê Baiano pela Paz na Venezuela, coletivo concebido para realizar atividades permanentes em defesa do povo e da soberania do país.
Realizado no auditório do Sindicato dos Bancários da Bahia, o ato contou com a presença da cônsul da Venezuela no Nordeste, Sonia Rossel, que apresentou um panorama da situação do país. Ela criticou a forma como vem sendo abordados os últimos acontecimentos, tratados como antidemocráticos, principalmente em relação à instalação da Assembleia Nacional Constituinte.
“Como se pode chamar de ditadura um país onde mais 8 milhões de pessoas vão às urnas eleger seus representantes para uma assembleia constituinte? O povo está disposto a defender o legado do comandante [Hugo] Chávez ante a agressão do império que quer saquear o petróleo e outras riquezas do país”, argumentou Rossel.
A cônsul ainda tratou da importância da união em torno da defesa da soberania país, que, segundo ela, significa defender também todo o povo latino contra o imperialismo. “Temos que manter unidade da América Latina contra as ameaças de guerra contra o povo venezuelano”.
O ato político também contou com as presenças da cônsul de Cuba no Nordeste, Laura Pujol; e de representantes de entidades que deverão compor o Comitê, como Antônio Barreto (Cebrapaz), Maria Ivone Souza (ACJM), Divanilton Pereira (CTB), Aurino Pedreira (CTB-BA), Ricardo Moreno (Fundação Mauricio Grabois), Antônio Lopes Carvalho (UITDB/Flemacon) e Anne Sena (CUT e Fórum Social Mundial). Também estiveram no encontro o ex-deputado estadual Álvaro Gomes e o dirigente sindical mexicano José Montes.
O Comitê
Com o lançamento do Comitê Baiano pela Paz na Venezuela, o próximo passo é a definição da coordenação e a construção da agenda de atividades, segundo Maria Ivone, da seção estadual da Associação Cultural José Martí (ACJM). Uma reunião vai ser marcada nos próximos dias para as definições dos eventos e para que os integrantes possam pensar estratégias de mobilização de outras entidades para o coletivo.
“A nossa expectativa é que o nosso Comitê seja formado das mais amplas forças possíveis. Queremos denunciar essa ingerência contra o povo venezuelano” explicou Maria Ivone. Ela também avaliou o ato de lançamento como de grande importância para o movimento internacionalista, principalmente pela presença da cônsul venezuelana.  “Nós saímos fortalecidos. Não vamos permitir que a nossa América seja quintal dos Estados Unidos”, disse.
Antonio Barreto, da coordenação nacional do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), reforçou que a ideia é compor um coletivo diverso. “Já estou recebendo ligações de representantes de diversas entidades interessadas em participar. Construiremos um Comitê plural, que vai eleger a coordenação com diversas entidades ligadas a essa luta”.
A atividade foi encerrada com uma palestra da professora Mary Castro sobre Alexandra Kollontai e a Revolução Russa, que esse ano completa 100 anos.

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