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Mortes de Colombiano e Catarina completam 7 anos com autores soltos

27 junho, 2017

 
catarina e colombiano

No próximo dia 29 de junho, o brutal assassinato do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que aconteceu no ano de 2010, em Salvador, completa sete anos. Nesse tempo, os familiares e amigos das vítimas ainda aguardam o julgamento dos acusados e, além da dor das perdas e da angústia pela longa espera por justiça, ainda convivem com o receio de que os réus fujam para escapar da punição.
Como já virou tradição nos últimos sete anos, a família e os amigos vão aproveitar a data para protestar contra a morosidade do Judiciário baiano em concluir o caso. Uma manifestação está marcada para o dia 29 de junho (uma quinta-feira), às 9h, em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Os empresários e irmãos Claudomiro e Cássio Ferreira Santana foram apontados pelas investigações como mandantes dos assassinatos, que teriam sido cometidos por três funcionários: Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner de Souza. Os irmãos são sócios da MasterMed, empresa do ramo de planos de saúde, que possuía um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Colombiano era tesoureiro.
A análise dos contratos do sindicato feita por Colombiano o levou a concluir que a MasterMed havia aplicado uma fraude milionária na entidade de trabalhadores e essa teria sido a motivação do crime, ainda segundo as investigações. Enquanto voltavam para casa de carro depois de mais um dia de trabalho, Colombiano e Catarina foram vítimas de  tiros disparados por motoqueiros.
Em 2014 a Justiça já havia pronunciado , em primeira instância, que os acusados iriam a júri popular, mas três anos depois a sessão de julgamento ainda não foi marcada. A decisão também excluiu Cássio do júri popular, sob alegação de insuficiência de provas, mas a família contestou a decisão e recorreu.
No momento atual, o processo se encontra nas mãos da juíza revisora Rita de Cassia Magalhães, após a conclusão dos trabalhos do relator Pedro Guerra neste mês de junho. Somente depois do exame pela juíza, sem prazo previsto de duração, é que será convocada uma turma do Tribunal de Justiça que vai se pronunciar se os acusados irão ou não a júri popular. Após essa fase, caberão ainda novos recursos, o que indica uma longa batalha pela frente.
Nesse ritmo de chicanas jurídicas e de lentidão do judiciário, os assassinos vão ganhando tempo sem pagar pelos crimes, enquanto a família amarga o sentimento de impunidade.

 

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