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Flávio Dino: “Liberdade de expressão não protege crimes”

1 junho, 2020

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), condenou os novos protestos antidemocráticos bolsonaristas do último domingo (31/05). Em uma publicação feita no Twitter, Dino disse que a liberdade de expressão não protege crimes.
No sábado (30), o grupo bolsonarista “300 pelo Brasil”, liderado pela ativista Sara Winter, fez um protesto em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A manifestação lembrava o estilo de grupos supremacistas brancos, como a Ku Klux Khan.
O grupo carregava tochas acesas, e algumas pessoas vestiam máscaras de personagens de filmes de terror. Os manifestantes carregavam uma faixa onde se lia “300” – no entanto, o grupo contava cerca de 30 pessoas – e também tochas acesas e marcharam em frente ao STF gritando palavras de ordem contra o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
“Quem brinca com fogo, se queima. Já passou da hora de dissipar essa facção que, de modo inconstitucional e ilegal, ocupa a Praça dos 3 Poderes. A liberdade de expressão não protege crimes”, comentou Dino sobre a marcha macabra.
O governador do Maranhão também compartilhou imagens de uma manifestação neste domingo na Esplanada dos Ministérios, em que bolsonaristas carregavam faixas contra o Supremo Federal e pedindo intervenção militar. Sem máscara, Bolsonaro participou do novo ato golpista.
“Bolsonaro estimula essas marchas de grupelhos porque ele deseja confrontos nas ruas. Para então justificar que as Forças Armadas precisam intervir para garantir a ‘lei e a ordem’. Com isso, ele acha que vai garantir impunidade a criminosos. Forças Armadas vão aceitar esse papel?”, questionou Flávio Dino.
Dino pediu ainda que instituições jurídicas e políticas se manifestem contra o golpismo. “É muito importante que instituições políticas e jurídicas se movimentem para explicitar que artigo 142 da Constituição não respalda ‘intervenção militar’ para fechar o Congresso ou o Supremo. Embora seja óbvio, isso servirá para sublinhar a ilicitude das marchas desses grupelhos”, postou.
O artigo 142, citado constantemente pelos bolsonaristas como supostamente justificando uma intervenção militar, afirma que as Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria e dos Poderes Constitucionais.
 
Com Portal Vermelho

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