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Haddad: Ações de Rui na Bahia inspiraram plano de governo de Lula

23 agosto, 2018

O representante de Lula nesta campanha eleitoral, Fernando Haddad (PT), que figura interinamente como vice na chapa, esteve em Salvador, nesta terça-feira (21/08), para cumprir uma agenda ao lado do governador Rui Costa (PT), candidato à reeleição. Durante uma coletiva de imprensa, pela manhã, Haddad elogiou Rui e revelou que as ações do governo da Bahia serviram de modelo para o novo plano de governo de Lula.

“Viemos colher políticas públicas exitosas aqui na Bahia para levar para o Brasil, como é o caso das policlínicas. Nós vamos levar para todo o país, com o aporte federal”, contou Fernando Haddad, que é ex-prefeito de São Paulo. Segundo ele, os governos petistas na Bahia, iniciados em 2007 com a gestão de Jaques Wagner, sempre foram uma referência de boa administração para o partido.

Haddad opinou que, pelo cenário que encontrou, o PT deve conseguir a quarta vitória eleitoral no estado, e defendeu que o grupo político baiano que se consolidou, agora liderado por Rui, já ultrapassa as divisas do estado “[Esse grupo] É uma liderança sequer regional, mas nacional, do ponto de vista de reconhecimento, de prestígio e de valor”, destacou.

Sobre a conjuntura nacional, Haddad evitou perguntas dos jornalistas que o colocavam como substituto de Lula na cabeça de chapa. Ele fez questão de explicar que inicia as caminhadas pelo Brasil como vice-presidente, e que aguarda confiante uma decisão da Justiça favorável à possibilidade de Lula concorrer às eleições de outubro.

“Não estamos trabalhando com essa hipótese [da substituição]. Eu figuro como vice na sua [de Lula] chapa com muito orgulho, para levar a sua voz ao país todo, que é o que eu estou fazendo”, disse o ex-prefeito da capital paulista. Ele ainda garantiu ter a certeza de que será bem recebido por todo o Nordeste, região em que Lula sempre possuiu maior expressão eleitoral.

Na coletiva, o governador Rui Costa comentou a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que pediu que o Brasil garantisse a candidatura de Lula. Ele acredita que é urgente o respeito à decisão da entidade internacional, sob o risco de aprofundar a crise política, e de fragilizar, ainda mais, a democracia.

“Normalmente, a imprensa nacional apresentava países que não seguiam resoluções da ONU, como o Paquistão, como ditatoriais, que não respeitavam os Direitos Humanos. Agora, o Brasil está diante de uma situação: vai seguir ou não a resolução da ONU? O Brasil vai virar republiqueta de banana, de quinta categoria?”, questionou o governador baiano.

Antes da coletiva, Haddad participou com Rui e Wagner de um encontro com candidatos da base. A agenda ainda incluiu uma caminhada pelo bairro da Liberdade, considerado um dos bairros mais negros da capital baiana.

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