Notícia

Frente em defesa da Petrobras faz ato na Câmara Federal

3 março, 2016

O projeto aprovado no Senado (PL 131) que tira da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal foi recebido na Câmara lotada com muitas críticas, nesta quarta-feira (03/03), no Ato em Defesa da Petrobras que reuniu deputados e senadores de diferentes partidos e muitos representantes de movimentos sociais.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), abriu o evento e anunciou um calendário de luta “contra o projeto que ameaça a indústria petrolífera e a Petrobras”: plenária na sede da CUT em São Paulo (7/03), ocupação dos aeroportos e da Câmara dos Deputados (8/03), audiências públicas e atos de rua, em Salvador e São Luis (17/03) e, finalizando, dia 31, uma grande marcha dos cem mil em Brasília.
Davidson Magalhães lembrou que “a luta é grande e o tempo é curto”, porque existe prazo determinado para votação. Anunciou para terça-feira (9) visita aos gabinetes dos parlamentares para fazer pressão contra a aprovação do projeto: “Os argumentos não resistem ao debate, por isso querem fazer uma votação açodada”.
O deputado acusou a mudança proposta pelo senador José Serra de “entreguista” e que o tucano está a serviço das multinacionais: “Os seus contatos e articulações com a multinacional Chevron já foram amplamente denunciados pela imprensa”.  Afirmou que a permanência da exploração única da Petrobras no pré-sal “garante que os recursos venham para a educação e saúde e também significa preservar nosso petróleo, patrimônio do povo brasileiro”.
O projeto aprovado no Senado segue agora para votação na Câmara, que ontem criou uma Comissão Especial para analisar o tema na Câmara.  Davidson Magalhães acusou a mudança proposta pelo tucano de “entreguista” e  disse também que ele está a serviço das multinacionais: “Os seus contatos e articulações com a multinacional Chevron  já foram amplamente denunciados pela imprensa”.
Davidson Magalhães denunciou ainda que a mudança implicará na perda da verba social (50%) da exploração oriunda do pré-sal, conforme vigora atualmente: “A mudança proposta abre o setor do pré-sal às multinacionais, num momento de crise econômica e de dificuldade da área do petróleo, e isto significa vender ativos da companhia a preço de banana”.
O evento teve muitos discursos em defesa da Petrobras e de repúdio ao projeto,  seguido de palavras de ordem que manifestam a posição do público  que lotou o plenário da Câmara.  Ao grito “Da Petrobras não abro mão, quero o pré-sal cem por cento pra nação” seguiu-se a fala da deputada Luciana Santos, presidente do PCdoB, que falou sobre “o compromisso do partido em lutar com toda nossa força e capacidade contra esse atentado ao povo brasileiro”.
Para a deputada Alice Portugal, as ações de desmonte da Petrobras estão conectadas com uma agenda de pautas regressivas da direita brasileira que ataca os direitos sociais, os direitos da educação, do trabalho, da mulher e a soberania nacional. “Eles apostam suas fichas na ruína da construção social. A privatização do ensino, quebra da espinha dorsal da soberania nacional. E, sem dúvida, um ataque direto aos direitos sociais como a previdência”, disse Alice.
Com ascom dos deputados

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