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Ações marcam os cinco anos das mortes de Colombiano e Catarina

19 junho, 2015

O assassinato do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que chocou a Bahia em 2010, completa, no próximo dia 29 de junho, cinco anos. Passado todo esse tempo, a família e os amigos ainda buscam por justiça porque, mesmo com a conclusão do inquérito policial que identificou os cinco suspeitos de serem os autores, os assassinos ainda não foram julgados e permanecem em liberdade.

Para marcar a data, a família, com o apoio do PCdoB e da seção baiana da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-BA), organiza atividades em Salvador. O objetivo dos atos é pedir, mais uma vez, celeridade ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) na condução do processo judicial que incrimina os acusados do mando e da execução das mortes.

Uma das ações será o já tradicional protesto em frente ao Fórum Ruy Barbosa, localizado no bairro de Nazaré, no dia 29 de junho, a partir das 9h. No dia seguinte, 30 de junho, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) realiza uma sessão especial em memória de Catariana e Colombiano, a partir das 8h. O evento é proposto pelo mandato do vereador Everaldo Augusto (PCdoB).

O casal era militante do Partido Comunista e ligado ao movimento social. Colombiano também era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários e foram as atividades desenvolvidas na entidade que motivaram o crime, segundo a polícia. O dirigente sindical estava investigando uma suspeita de fraude em um contrato com o plano de saúde do sindicato, de responsabilidade da empresa MasterMed.

Entre 2005 e 2010, os desvios da empresa já chegavam a R$ 35 milhões, ainda segundo o inquérito. Os donos da MasterMed, o oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana e o médico Cássio Antônio Ferreira Santana, que são irmãos, são acusados de serem os mandantes do crime. A execução teria sido feita pelos funcionários, identificados como Daílton Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza.

No ano passado, a Justiça chegou a anunciar que os réus iriam a júri popular, mas os acusados recorreram da decisão e, até o momento, o julgamento ainda não foi marcado.

 

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