Notícia

Alice Portugal solicita mediação do MEC para resolver impasse entre professores e Prefeitura de Salvador

3 junho, 2025

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) protocolou um ofício no Ministério da Educação solicitando a intervenção do órgão para mediar o impasse entre os professores da rede municipal de Salvador e a Prefeitura. A parlamentar busca sensibilizar o prefeito Bruno Reis (União Brasil) a cumprir a Lei do Piso Salarial do Magistério, que estabelece o valor mínimo de R$ 4.867,77 para 2025 .

A greve dos professores, que já dura 29 dias, é motivada pela reivindicação do pagamento do piso salarial nacional.
Em suas redes sociais, Alice Portugal enfatizou: “PREFEITO, PAGUE O PISO! Protocolei no Ministério da Educação um ofício buscando uma mediação do MEC para sensibilizar a Prefeitura de Salvador sobre a luta dos professores e professoras pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério – uma pauta justa, legal e inegociável!”

A deputada também criticou a postura do prefeito Bruno Reis, destacando que a proposta enviada à Câmara Municipal não contemplava reajuste para os professores. “Os professores tentaram de todas as formas essa conversação, ele não abriu e, quando mandou a mensagem para a Câmara Municipal, mandou reajuste zero para todo o funcionalismo e para os professores”, afirmou Alice Portugal.

Negociações

As negociações entre os professores da rede municipal de Salvador e a Prefeitura avançaram, mas ainda não alcançaram um consenso. A gestão do prefeito Bruno Reis propôs reajustes salariais que variam de 6,27% a 9,25%, dependendo da referência e do nível dos profissionais. Especificamente, os professores de Nível 1/Referência A receberiam um aumento de 9,25%, enquanto os de Nível 1/Referência B teriam um reajuste de 6,65% . A proposta também inclui a incorporação de uma gratificação de 45% ao salário base, medida que, segundo a Prefeitura, assegura o cumprimento do piso nacional do magistério . No entanto, a categoria, representada pela APLB Sindicato, rejeitou a proposta, argumentando que o reajuste não atende plenamente às exigências legais e que o pagamento do piso deve incidir sobre o vencimento básico e não em cima da remuneração de modo geral, como insiste o prefeito.

PCdoB - Partido Comunista do Brasil - Todos os direitos reservados