A deputada federal do PCdoB na Bahia, Alice Portugal, foi entrevistada pelo radialista Mário Kertész, da rádio Metrópole, nesta sexta-feira (6/3), e falou sobre o cenário político atual e para a disputa pela Prefeitura de Salvador, no ano que vem. O nome de Alice tem sido cotado para encabeçar a chapa que deverá ser formada pela esquerda da capital baiana para as Eleições 2016.
Na entrevista, a parlamentar confirmou que o PCdoB pretende, sim, apresentar um nome para a próxima disputa eleitoral e que a indicada deverá ser ela. A justificativa da escolha, além do vínculo que ela possui com a cidade onde nasceu, é a boa votação que a deputada sempre alcança nas urnas da capital. “Sou a que mais tem votos em Salvador no Partido”.
Em 2012, o PCdoB chegou a lançar o nome de Alice Portugal para a disputa pela Prefeitura de Salvador, mas retirou por não haver ‘contingência política’ – o nome indicado pela esquerda foi o de Nelson Pelegrino, do PT, que não venceu. Dessa vez, a parlamentar demonstrou estar mais otimista com a possibilidade da candidatura e lembrou de uma entrevista do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação.
“O Everaldo disse que [o nome escolhido para encabeçar a chapa] poderá ser um aliado. O PCdoB é um partido pequeno, mas com longa história. Vamos colocar nosso nome. Entendemos que a candidatura não é fruto da vontade individual. Sem apoios você não prospera”, explicou a parlamentar.
Caso consiga reunir as condições para a disputa, Alice disse que vai fazer um contraponto à gestão do prefeito ACM Neto (DEM). “Tenho um estofo que me dá uma visão do Estado, do País. O foco é no social. Eu teria contribuições enormes a dar, claro que com o apoio de muitas mãos. Estou disposta. Tenho saúde, tenho disposição e amo a cidade”, defendeu.
Adversário
Sobre o possível adversário na disputa, o atual prefeito, que deverá tentar a reeleição, a deputada disse reconhecer o esforço para a realização de uma boa gestão, mas que tem críticas sobre as formas de conduzir os trabalhos. “Que tipo de governo nós queremos? De taxação? De liberação de gabaritos? Eu tenho outras propostas para a cidade”.
A boa aceitação do prefeito se deve, para ela, ao fato de ele ter encontrado a Prefeitura destruída. “Qualquer um que chegasse e pintasse um meio-fio teria êxito diante do estado que [o ex-prefeito] João Henrique deixou a cidade”. Apesar de reconhecer que o cenário de 2016 poderá ser mais difícil do que o de 2012, Alice está confiante: “Estou pronta para esse debate!”.