Notícia

Álvaro Gomes: Precisamos construir uma sociedade com trabalho decente

29 janeiro, 2016

Um debate no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT), no bairro da Vitória, em Salvador, encerrou, na última quinta-feira (28/01), a Semana de Mobilização contra o Trabalho Escravo na Bahia. O encontro procurou alertar a sociedade sobre a importância de denunciar, através dos canais existentes, qualquer forma de trabalho degradante.
Representando o governador Rui Costa, o secretário estadual do Trabalho e Esporte, Álvaro Gomes, ressaltou a proposta de trabalho da Semana de Mobilização que realizou diversas ações preventivas, pautadas pela sensibilização e conscientização. Entre as autoridades presentes, estavam o procurador-chefe do MPT, Alberto, e o superintendente regional do Trabalho e Emprego, José Maria Dutra.
O titular da Setre disse que a luta contra o trabalho escravo é permanente e deve ser intensificada a cada dia. “Precisamos construir uma sociedade com trabalho decente, seja em momentos favoráveis ou não. Grandes avanços já foram conquistados, mas temos um longo caminho a percorrer para eliminar de vez esta chaga social”.
Segundo a representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fernanda de Castro, existem hoje cerca de 21 milhões de pessoas vítimas do trabalho, que gera a seus exploradores a vultosa soma de R$ 150 bilhões com essa prática. “Apesar do enfrentamento constante ainda não conseguimos erradicar essa chaga social do mundo”.
De caráter pedagógico, a Semana de Mobilização buscou instrumentalizar a sociedade para que ela seja parceira na luta contra o tráfico de pessoas. A iniciativa da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA) atuou em vários locais, especialmente no Terminal Rodoviário de Salvador e no Aeroporto Internacional 2 de Julho.
Durante a semana de ações, baianos e turistas receberam materiais explicativos sobre trabalho forçado, retenção de documentos, jornada exaustiva e outras formas de exploração que caracterizam o trabalho análogo ao escravo.
Fonte: Ascom/Setre

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