Nesta sexta-feira (15/04), os bancários realizam paralisação, retardando em uma hora a abertura das agências do Centro de Salvador e das principais cidades do Estado. A intenção é alertar para a possível perda de direitos, caso o golpe seja consumado com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Muitos projetos em tramitação no Congresso Nacional podem tirar direitos históricos.
Os trabalhadores também denunciam o plano de governo lançado pelo PMDB, chamado de Ponte para o Futuro, que coloca nas costas do povo a saída da crise. O programa prevê a terceirização das atividades fim, que pode acabar com muitas categorias, a extinção da política de valorização do salário mínimo, a flexibilização da CLT.
Tem ainda proposta que tenta tirar os sindicatos da mesa de negociação coletiva, com o claro objetivo de enfraquecer o poder de diálogo das categorias. As ameaças realmente são muitas.
À tarde, a partir das 15h, os bancários se juntam a outros trabalhadores em uma grande manifestação política e cultural em defesa da democracia e do Estado de Direito. O ato acontece no Campo Grande e promete reunir milhares de pessoas, assim como as últimas mobilizações realizadas em Salvador.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, faz o alerta para a necessidade em redobrar as manifestações. “O grande capital apoia o golpe com o claro intuito de cortar direitos. Não podemos aceitar. Queremos investimentos em políticas sociais e a valorização do trabalhador, não o contrário”.