Nas eleições deste ano, foram eleitas 51 deputadas, cinco a mais do que em 2010. Já a bancada sindical, com 82 representantes, atualmente, elegeu apenas 64 parlamentares. Em 2015, a bancada empresarial contará com 190 cadeiras na Câmara, 56 a menos do que possui hoje. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), após análise do resultado eleitoral do último domingo (05/10).

Os números não são satisfatórios para os trabalhadores e nem para a igualdade de gêneros do país. Mesmo com o aumento de mulheres eleitas, a representação feminina ainda não é suficiente para equilibrar com a dos homens. As 51 deputadas que farão parte da próxima legislatura representam 22 unidades federativas. Destas, quatro foram reeleitas pelo PCdoB: Alice Portugal (BA), Luciana Santos (PE), Jandira Feghali (RJ) e Jô Moraes (MG). Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Sergipe não elegeram mulheres para a Casa Legislativa.

As novatas são maioria entre as mulheres: 32. As outras 19 deputadas que completam a bancada feminina foram reeleitas. Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC) foram candidatas a outros cargos. Manuela foi eleita deputada estadual e Perpétua não se elegeu senadora.

Bancada Sindical

A perda de 37 cadeiras fará grande diferença na bancada sindical na Câmara. Do total, 32 foram reeleitos e 14 são novos. Este número poderá mudar, mas não será uma alteração significativa.

Nessa lista, o PCdoB conta com quatro parlamentares: os baianos Daniel Almeida e Alice Portugal, Jandira Feghali e o cearense Chico Lopes. A Bahia é o estado com mais representantes dos trabalhadores na Câmara, oito no total.

A cada eleição, a bancada sofre oscilação. Em 1998, foram eleitos 44 sindicalistas. Já em 2002, esse número quase dobrou, totalizando 74, talvez por influência ou reflexo da eleição presidencial de Lula. Em 2006, caiu para 54 representantes.

O dado é extremamente preocupante, especialmente em um ambiente de forte investida patronal sobre os direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários. É a bancada sindical que dá sustentação e faz a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, aposentados e servidores públicos, além de intermediar demandas e mediar conflitos entre estes e o governo e/ou empregadores.

Já bancada empresarial, a partir de 2015, contará com 190 representantes, uma queda considerável em relação ao número atual: 246 deputados e deputadas. Destes, são 30 novatos.