“É fundamental que a sociedade se envolva na campanha Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas, porque precisamos acabar com esta barbárie”. A afirmação é do secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Álvaro Gomes, feita durante a solenidade de lançamento da campanha internacional, na manhã desta quarta-feira (8/7), no auditório do Ministério Público do Estado, no Centro Administrativo da Bahia.
A campanha foi criada pelo escritório das Nações Unidas e, na Bahia, é promovida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). Tendo o cantor Tatau como padrinho e a cantora Ivete Sangalo como madrinha nacional, a campanha recebeu a adesão do Governo do Estado em 2013. O tema da campanha este ano é: “Liberdade não se compra. Dignidade não se vende. Denuncie o tráfico de pessoas”.
Durante o lançamento, Álvaro Gomes citou números da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que apontam que 44% das pessoas traficadas hoje são mulheres e 50% deste total são exploradas sexualmente. Lembrou ainda que 50% dos jovens menores de 18 anos sofrem este crime e que na Europa existem 500 mil mulheres traficadas.
“É contra esse estado de coisas que precisamos nos unir. Temos que mudar esses números. A falta de emprego, de oportunidade e desigualdade social terminam contribuindo para o tráfico de pessoas. Mas esta campanha vem alertar a sociedade que é preciso denunciar, esclarece Gomes.
Ele destacou que “o Brasil já está avançando no combate ao tráfico de pessoas, mas é necessário avançar muito mais”. A Setre está na luta e procura cumprir seu papel através da Agenda Bahia do Trabalho Decente, combatendo o trabalho escravo e o trabalho infantil.
O secretário de Justiça, Geraldo Reis, lembrou que o tráfico de seres humanos é um crime que priva as pessoas de seus direitos, rouba seus sonhos e dignidade. “O objetivo desta campanha é justamente combater este crime e para isso, o Governo do Estado quer chamar atenção de toda sociedade para que unidos possamos não só prevenir, mas também combater e punir”, garante.

Com informações da Setre