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Conferência da Saúde em Salvador promove debates sobre o SUS

15 julho, 2015

Salvador realiza desde a última terça-feira (14/7) e até quinta (16) a 13ª Conferência Municipal de Saúde, que é uma etapa preparatória para as conferências estadual (setembro) e nacional (dezembro). O encontro municipal, que acontece na Pupileira, na Avenida Joana Angélica, vai avaliar a situação da saúde pública brasileira e elaborar contribuições da capital baiana para serem levadas às etapas seguintes.
O tema escolhido para este ano foi “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”. A programação, durante os três dias, conta com mesas-redondas, trabalhos em grupo, apresentações culturais e um ato político em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), marcado para acontecer nesta quarta-feira, às 17h30.
Os debates estão concentrados em cinco eixos. São eles: “Financiamento e relação público-privado”, “Participação Social, Reformas Democráticas e Populares do Estado”, “Valorização do trabalho e Educação em Saúde, Informação e Política de Comunicação, Ciência, Tecnologia e Inovação do SUS”, “Garantia de Acesso, Atenção de Qualidade e Direito à Saúde” e “Gestão do SUS e Modelos de Atenção de Atenção à Saúde”.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), militante da área da saúde, participou das discussões de terça-feira. Ela faz críticas à condução da saúde municipal feita pela atual gestão, do prefeito ACM Neto. Segundo a vereadora, a situação é bastante crítica na capital baiana.
“Nós percebemos que há uma insatisfação muito grande da população, tanto de usuários quanto de trabalhadores. Temos uma atenção básica precária, com postos de saúde deficientes, faltam centros de atendimento psicossocial e 4 mil agentes comunitários e de combate a endemias estão em greve porque a prefeitura não paga o piso da categoria”, afirmou a vereadora.
Aladilce também criticou os cortes na Saúde feitos pelo Governo Federal, algo em torno de R$ 11 bilhões. “Se os recursos já eram escassos, agora a situação piorou”. Ela também condenou a redução da remuneração dos servidores do Governo do Estado, que estão em estado de greve, e os processos de privatização da saúde e da abertura do setor ao capital estrangeiro.
Sobre as conferências nos três níveis, a vereadora disse esperar uma crescente e ampla mobilização popular, como historicamente acontece em relação à saúde, segundo ela. “Se o Estado quer ser democrático, tem que garantir o direito fundamental à saúde”, finalizou.
 
 
 

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