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Daniel Almeida: Eleição de Bolsonaro foi um grande e grave equívoco

8 janeiro, 2019

O deputado federal reeleito Daniel Almeida (PCdoB/BA) considerou a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) um ‘grande e grave equívoco’, a partir das primeiras ações do novo governo. Daniel diz ter preocupações, principalmente, com os direitos sociais, em especial o direito ao trabalho, que não terão proteção na nova gestão, ao que tudo indica, pelas declarações do presidente.
Uma das declarações diz respeito à defesa que Bolsonaro fez da diminuição de direitos nas relações trabalhistas, como forma de garantir mais emprego. “Não acreditamos na tese de que o trabalhador precisa escolher entre ter emprego ou ter direito. É possível e nós queremos emprego digno, decente, com a preservação dos direitos dos nossos trabalhadores”, defendeu Daniel.
Para o deputado, a reforma trabalhista de Michel Temer já produz muitos efeitos danosos aos trabalhadores e não é possível retroceder ainda mais. “[a reforma] Não produziu nenhum efeito positivo. O presidente eleito diz que vai aprofundar a reforma trabalhista contra os trabalhadores. Chegou a dizer que o que deve prevalecer, no nosso país, é a informalidade. Um verdadeiro absurdo”, afirmou.
O parlamentar comunista também criticou a escolha da equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, que, segundo ele, é um representante dos bancos. “[o presidente] Monta uma equipe econômica voltada para os interesses dos banqueiros. Banqueiros só querem agiotagem, lucro fácil, diminuindo, assim, a atividade produtiva, a geração de empregos, da valorização do trabalhador”.
Apesar das críticas ao novo governo, Daniel garante que fará uma oposição positiva, alinhada aos interesses dos brasileiros. “Vamos torcer muito para que o Brasil encontre um caminho de crescimento e desenvolvimento. Vamos manter no papel de ser oposição, mas uma oposição propositiva, nos contrapondo aos desacertos que esse governo anuncia que fará, propondo um outro caminho”, disse.
Daniel Almeida acredita que a palavra de ordem no Congresso Nacional, a partir de agora, será resistência. “A nossa expectativa é que a nossa esperança seja para resistir, em defesa do Brasil, da sua soberania, da democracia brasileira, do Estado Democrático de Direito e da preservação da vida com dignidade dos trabalhadores”.

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