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Daniel: Aval para garimpos na Amazônia revela perfil ecocida de Bolsonaro

6 dezembro, 2021

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB/BA) condenou a autorização dada pelo Conselho Nacional de Defesa, do governo Bolsonaro, para sete projetos de exploração do ouro em áreas intocadas na Amazônia. O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e um dos principais conselheiros do presidente, é secretário-executivo do grupo consultivo.

Para o parlamentar do PCdoB-BA, a denúncia, feita pelo jornal Folha de S.Paulo, é grave e demonstra a falta de compromisso do governo com a preservação do meio ambiente. “Grave! No momento em que o mundo debate com afinco sobre as questões ambientais, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência segue a linha do ecocídio”, criticou Daniel.

Segundo reportagem da Folha, publicada nesta segunda-feira (06/12), as áreas de mineração ficam na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), em uma região preservada da floresta, na fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela. A região, conhecida como Cabeça do Cachorro, é uma das áreas mais preservadas da Amazônia, abriga 23 etnias indígenas, e é uma das últimas fronteiras sem atividades que resultam em desmatamento elevado.

Heleno concedeu 81 autorizações de mineração na Amazônia desde 2019, entre permissões de pesquisa e de lavra de minérios. A maior quantidade foi em 2021: 45, conforme atos publicados até o último dia 2, sendo esta a maior quantidade num ano desde 2013.

O aval de Heleno autoriza o garimpo em uma área de 587 mil hectares, quase quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Apenas os sete projetos na região de São Gabriel da Cachoeira englobam 12,7 mil hectares.

 

Com PCdoB na Câmara

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