Em um momento de crise sanitária, que tem provocado graves perdas financeiras ao Brasil, o governo Bolsonaro aumentou o salário do próprio presidente, do vice, Hamilton Mourão, e de ministros militares. O presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, que é economista, criticou o reajuste, que chega até a 69%, estourando o teto do funcionalismo público, de pouco mais de R$ 39 mil.

O cenário de perdas para a população brasileira torna injustificável o aumento para um grupo seleto do governo federal, segundo o presidente do PCdoB-BA. “Cresce o desemprego, a fome, as mortes por Covid-19 atingem mais de 428 mil brasileiros, os salários dos servidores estão congelados e, enquanto isso, Bolsonaro Genocida faz aumento de até 69% no seu salário”, disse.

O reajuste foi garantido por uma portaria do governo, publicada no dia 30 de abril, pela Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, e cujos efeitos devem valer para o mês que vem. Os novos salários de algumas das autoridades contempladas podem passar de R$ 66 mil.

Quando passar a valer, a medida vai representar um impacto fiscal anual de R$ 66 milhões aos cofres públicos, segundo um levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo, que primeiro denunciou o aumento.