Notícia

Descaso dos bancos aumenta o número de vítimas fatais em 2014

1 agosto, 2014

Os ataques às agências só fazem crescer e, a cada ano, as estatísticas superam e o desprezo pela vida humana por parte dos bancos é evidente. Diante da inércia das empresas em investir em segurança, a intensa reivindicação por mudanças e ações para evitar os crimes é em vão. No primeiro semestre deste ano, 32 pessoas morreram em assaltos envolvendo bancos. A média é de 5,33 vítimas fatais por mês, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

No mesmo período de 2013, foram 30 óbitos. Um aumento de 6,7%. Se os dados forem comparados aos primeiros seis meses de 2011, o avanço foi de 39,1%.

Mais uma vez, o estado de São Paulo é líder, com 12 assassinatos, o que corresponde a 38,7% dos casos. Rio de Janeiro registrou quatro mortes e Pernambuco, três. Minas Gerais, Paraná, Goiás e Paraíba possuem dois, cada. Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Maranhão e Ceará têm um, cada. O cidadão paga com a própria vida o preço da irresponsabilidade.

Entre os crimes que mais vitima está a saidinha bancária. A modalidade foi responsável por 20 óbitos no primeiro semestre deste ano, de um total de 32. O número representa alta de 62,5%, em relação ao mesmo período de 2013. Assaltos a correspondentes bancários e ataques a caixas eletrônicos dividem o segundo lugar, com quatro casos, cada. Três pessoas perderam a vida em assaltos a agências e uma morreu ao fazer transporte de valores.

Os clientes são as principais vítimas. Foram 22 correntistas assassinados. Depois, surgem policiais (dois), vigilante (um) e outros casos (sete).

As pessoas com mais 60 anos somaram 10 mortes. Aparecem em seguida, a faixa etária entre 31 a 40 anos, com nove registros e o grupo de até 30 anos, com seis óbitos. Em relação ao gênero, foram 29 homens e três mulheres.

PCdoB - Partido Comunista do Brasil - Todos os direitos reservados