Em homenagem ao Dia do Esportista, o PCdoB-BA entrevistou Vicente Neto, diretor da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), para falar sobre como o setor esportivo está conseguindo se manter diante do cenário da pandemia.

Conforme Vicente, “na Bahia, optamos por ações que mantêm a estruturação do sistema estadual de esporte, a exemplo da infraestrutura esportiva, com R$ 33 milhões investidos em reformas ou construção de equipamentos esportivos em 2020, e programas sociais como o Projeto Pedal, o Natação em Rede e o Remando no Rio de Contas. Também realizamos competições virtuais, buscando inovação nesse novo cenário das relações humanas”, informou.

O diretor da Sudesb declarou que o governo Bolsonaro desmontou a política pública de esporte e lazer construída ao longo de uma década, diminuindo os investimentos financeiros e destruindo o Ministério do Esporte, o Programa Segundo Tempo e o Esporte e Lazer na Cidade.

Até mesmo o auxílio emergencial destinado aos esportistas durante a pandemia não foi sancionado de acordo com o que previa a proposta inicial do projeto que tem como co-autora a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA). Vicente Neto relatou que 12 vetos impediram a continuidade de beneficiar essas pessoas com os R$ 600.

Mas, mesmo diante dessa situação, a Sudesb tem conseguido investir no esporte, pois como garante o diretor da superintendência, “estados e municípios têm feito o possível para manter suas ações em um quadro de ausência do principal articulador das políticas nacionais do setor. Na Bahia, a relação com os municípios é muito intensa e com resultados positivos para o esporte. Vamos agora lançar os maiores editais da Sudesb, como o do Lazer por toda parte, que substitui o PELC [Programa Esporte e Lazer da Cidade] extinto pelo governo federal, e das escolinhas esportivas com as federações por modalidade”.

Vicente Neto e Marcelo Ornelas, presidente da Federação Baiana de Judô