Na tarde desta quinta-feira (12/8), representantes de movimentos sociais e sindicais de todo o país estiveram reunidos com a presidenta Dilma Rousseff, para reafirmar o compromisso com a democracia brasileira e, mais uma vez, deixar claro que os trabalhadores não permitirão qualquer tentativa de golpe contra o estado brasileiro.
A Bahia esteve representada no encontro, realizado no Palácio do Planalto, pelos militantes comunista Emanoel de Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, e Aurino Pedreira, presidente da CTB-BA.
Segundo Emanoel, o fato da presidenta abrir um espaço de diálogo direto com os movimentos sociais por si só já é positivo. “Foi um momento de, ao mesmo tempo em que se reafirmou o compromisso com a democracia, também de cobrança para que se retome a agenda do desenvolvimento com valorização do trabalho”, avalia.
Para Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, há uma onda extremamente conservadora que põe em xeque importantes programas do governo. “O Brasil está sob a ameaça daqueles que foram derrotados e que estão olhando para a nossa cara e dizendo que temos que ir para Cuba. Nós vamos para Cuba sim, mas quando estiver pronto o Porto de Mariel”, ironizou o sindicalista, se referindo ao financiamento feito pelo governo brasileiro para as obras de modernização do Porto de Mariel.
Após ouvir as intervenções das lideranças, que manifestaram apoio ao seu governo, mas também apontaram as reivindicações, Dilma reafirmou seu compromisso com as bandeiras que a reelegeu. “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, disse.
E acrescentou: “Nós vamos tomar todas as medidas para que este país volte a crescer o mais rápido possível. Vamos fazer todo o possível e investir, não só para não haver retrocesso, mas para avançar”. Sob o coro de “não vai ter golpe!” e em um claro recado aos inconformados com os resultados das urnas, Dilma afirmou: “Respeite o resultado. E respeite o adversário. Respeite e honre seu adversário. Se você não respeitar o resultado do jogo, você não pode entrar no jogo”.