Os educadores da rede municipal cumpriram bem as tarefas do segundo dia de paralisação, iniciada na quarta-feira (27/05). A categoria garantiu uma participação numerosa no Ministério Público, na manhã desta quinta-feira (28/5), onde a direção da APLB Sindicato protocolou documento, pedindo apuração do órgão acerca da condição física das escolas de Salvador e também com relação aos problemas causados pelo grande número de pacotes pedagógicos implantados na rede sem a participação dos professores.

A direção da APLB solicita a interferência do MP, no sentido de exigir da administração municipal que garanta condições dignas de trabalho na rede municipal, e que os projetos pedagógicos adotados passem pelo crivo dos educadores e sejam legitimados pela categoria, já que é o professor quem tem a obrigação de aplicá-los.

Além de protocolar o documento, que foi subsidiado por grande número de denuncias encaminhadas pelos professores sobre as condições de suas unidades escolares, a diretora do Sindicato, Elza Melo, conversou com o promotor Adriano Marcus Brito de Assis, coordenador da 5ª Promotoria de Justiça da Cidadania e Titular da 30ª Promotoria de Justiça de Assistência, que disse ter conhecimento sobre a precariedade das condições físicas de boa parte das escolas da rede e também aos projetos pedagógicos implantados pela Prefeitura e rejeitados pela categoria. Assis reafirmou a parceria do MP com o Sindicato, na cobrança e defesa da educação de qualidade para o município de Salvador.

Manifestações

Após formalizar a entrega oficial do documento, a APLB liderou mais uma caminhada dos professores pelas ruas de Salvador, até a Praça da Piedade. Com faixas e cartazes, seguiram cantando paródias, gritando palavras de ordem e fazendo a entrega do Manifesto dos Educadores Municipais à população de Salvador, tendo recebido muitas manifestações de apoio durante todo o trajeto.

Nesta sexta (29/05), mais uma vez, os educadores têm encontro marcado na Praça do Iguatemi, em frente ao Shopping da Bahia, para, juntamente com trabalhadores das demais categorias, participar da manifestação organizada pelas centrais sindicais contra a ampliação da terceirização e a ameaça aos direitos dos trabalhadores.