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Em posse, Dilma defende a educação e nenhum direito a menos

2 janeiro, 2015

Em seu discurso de posse, na quinta (1º), para o novo mandato, que se encerra em 31 de dezembro de 2018, a presidenta Dilma Rousseff garantiu que irá promover “ajustes na economia”, sem, no entanto, mexer em direitos da classe trabalhadora. “Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás”, enfatizou a presidenta. Eleita com 54,5 milhões de votos, a presidenta prometeu um segundo mandato que fortaleça o projeto de nação soberana inaugurado pelo ex-presidente Lula em 2003.
Após inéditos 30 anos de ares democráticos no país, Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, ressalta a esperança da maioria ds brasileiros em conquistar uma vida digna com trabalho decente, salário digno e políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades e de direitos, elevando o patamar de vida de quem trabalha. “Os movimentos sociais e o movimento sindical sempre mantiveram posições firmes de apoio aos governos Lula e Dilma e neste segundo mandato esperamos aprofundar as mudanças para avançar nos direitos de quem produz a riqueza desta nação”, assegura.
Porém, Ivânia reclama das recentes medidas anunciadas pelo ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante que mexem em conquistas importantes de trabalhadores, aposentados e pensionistas. “As medidas anunciadas penalizam os trabalhadores e não mexe em questões como superávit primário e juros elevados, que só estimulam a especulação financeira”, argumenta a sindicalista.
Para enfrentar a demanda conservadora predominante no Congresso e na correlação de forças do novo governo Dilma, “a CTB vem articulando com outras centrais sindicais uma frente que possa impulsionar o governo a tomar posições mais à esquerda”, revela Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB. “Para isso, os movimentos sociais e a classe trabalhadora devem botar o bloco na rua e mostrar que queremos avançar ainda mais nas políticas de melhoria de vida dos brasileiros e brasileiras”, defende.
Dilma revelou o lema do seu segundo mandato: “Brasil Pátria Educadora”, como um a resposta aos clamores populares por uma educação pública de qualidade para todos.
Rogério reforça que “não elegemos o novo governo para voltarmos à velha política, queremos avanços em todas as áreas da vida do país”. Já Ivânia preconiza a necessidade de se avançar no combate ao constante desrespeito ao direito da mulher ter uma vida sem violência. “Além disso, a CTB defende uma vida digna para todos com respeito aos direitos humanos, à diversidade étnica, cultural, social e sexual”, acentua. Mas principalmente reforça a necessidade de unidade de todas as forças progressistas da sociedade para o enfrentamento aos setores reacionários. Aos 67 anos, Dilma prometeu fazer jus à sua campanha eleitoral que a chamou de “coração valente”, relembrando ter honrado as guerreiras brasileiras que querem direitos iguais e justiça.
“A reforma política com participação popular, ressaltada pela presidenta, é fundamental para o país aprimorar seu sistema político e igualar as oportunidades para todos”, sintetiza Rogério. A própria presidenta mencionou a necessidade da reforma política para o país solidificar a vida democrática e se tornar uma nação que respeite o ser humano e os direitos de todos.
Fonte: Portal CTB

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