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Etapa territorial da Conferência das Mulheres reúne cerca de 200 pessoas em sala virtual

6 março, 2021

A etapa territorial da Região Metropolitana e do Território de Itaparica, da Bahia, reuniu 196 pessoas no encontro de hoje (6), que aconteceu a partir das 9 horas pela plataforma Zoom. A atividade faz parte da 3ª Conferência do PCdoB sobre a Emancipação da Mulher.

Estiveram presentes a secretária de Políticas para as Mulheres do Estado, Julieta Palmeira, o presidente do PCdoB-BA, Davidson Magalhães, a deputada federal Alice Portugal, a deputada estadual Olívia Santana, o vereador de Salvador, Augusto Vasconcelos, a presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM) da Bahia, Juliana Campos, a secretária dos movimentos sociais do PCdoB Salvador e presidente da União Nacional de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), Ângela Guimarães, entre outras lideranças e dirigentes do partido.

O encontro, que foi mediado por Luciana Tavares, vereadora de Lauro de Freitas, contou com a saudação de Davidson Magalhães, com a leitura do regimento da Conferência feita por Elvia Magalhães, secretária de mulheres do PCdoB Salvador, e com a análise do documento realizada por Daniele Costa, secretária de mulheres do PCdoB-BA. A secretária estadual de Mulheres do partido chamou atenção para o fato de que a última conferência aconteceu há 12 anos, fazendo-se necessária, novamente, nesse momento em que o capitalismo volta a avançar sobre as mulheres.

Daniele Costa contou que o partido comunista tem como base a luta de classe para enfrentar o patriarcado e, com isso, driblar a crise estrutural do capitalismo. “Nosso feminismo luta pela mudança radical. Para nós, o caminho é a resistência. A resposta não virá pelo capitalismo, e sim pela luta de uma sociedade socialista”, declarou a dirigente.
A secretária destacou também que as mulheres pretas são as mais atingidas com a desigualdade social que tem se intensificado no Brasil durante a pandemia do coronavírus, ainda mais por não poderem contar, nesse momento, com auxílios necessários que o governo federal não tem oferecido.

“Nós precisamos entender a interseccionalidade por meio das lutas”, disse Daniele Costa, ao se referir a necessidade de haver um feminismo interseccional, que engloba classe, gênero e raça, não somente no campo teórico, mas na prática social também. Afirmou que é preciso ter mulheres ocupando cargos políticos que lutem pela questão de gênero, como na discussão de sexualidade, métodos contraceptivos e aborto, para que, realmente, aconteça um avanço na sociedade.
A deputada Olívia Santana também defendeu a possibilidade de alargar o feminismo emancipacionista interseccional para que mais mulheres tenham acesso a ele. “Não podemos ter um feminismo apenas de retórica. O nosso feminismo será popular se abrirmos espaço, e não pensarmos apenas em público alvo, aquelas [mulheres] que estão na classe média. Olhem para quem está perto, porque o sofrimento não pode ser tratado de forma genérica.”, declarou a parlamentar.

Conforme Alice Portugal, a 3ª Conferência Nacional da Emancipação das Mulheres tem “um papel fundamental na elaboração do feminismo emancipacionista”, já que defende o direito das mulheres na conquista da autonomia financeira e social, por meio de um emprego e creches destinadas para seus filhos. A etapa estadual da conferência na Bahia vai acontecer no dia 13 de março e a nacional entre os dias 19 a 21 desse mesmo mês.

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