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Família de Colombiano e Catarina vai recorrer da exclusão do acusado de mando do júri

7 julho, 2014

 
A família de Paulo Colombiano e Catariana Galindo, assassinados em 2010, se manifestou sobre a decisão da Justiça, que, na última sexta-feira (4/7), anunciou que levará a júri popular os acusados do crime. Em nome dos familiares, o irmão de Catarina, Geraldo Galindo, afirmou que a sentença do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira é uma importante vitória, mas que será questionada.
O questionamento será feito acerca da exclusão de um dos acusados do mando do julgamento. A Justiça entendeu que não há provas suficientes para garantir a participação do médico Cássio Antônio Ferreira Santana, irmão do outro acusado de ser mandante, o oficial aposentado da Polícia Militar Claudomiro César Ferreira Santana.
Geraldo Galindo afirmou que acionará os advogados para recorrer porque a família não aceitou a exclusão. “Entendemos que Cássio é igualmente responsável pelos assassinatos”. Os irmãos Ferreira Santana são proprietários da empresa do ramo de plano de saúde MasterMed, contratada pelo Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro.
Segundo as investigações da Polícia, as mortes têm a ver com o trabalho de Colombiano no sindicato porque foram planejadas depois que ele descobriu uma fraude em um contrato da entidade com a MasterMed. Para a execução, os empresários contrataram os funcionários Adaílton Ferreira de Jesus, Edilson Duarte Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza, que também vão ao júri popular.
Risco de fuga
O irmão de Catarina Galindo voltou a chamar atenção para a necessidade de a Justiça recolher os passaportes dos acusados para evitar que eles fujam do país, na tentativa de escapar das penas. “O Brasil já tem exemplos de sobra da fuga do país de acusados de crimes que fogem antes do julgamento, especialmente quando se trata de gente endinheirada”, alertou.
Expectativa
Sobre a expectativa da sentença do júri, Geraldo Galindo disse que espera que a pena máxima possível seja dada aos condenados. “A ganância por dinheiro os levaram a assassinar nossos parentes e a punição a eles terá de ser exemplar, pra que os ricos e poderosos desse país não possam continuar pensando que podem cometer crimes e ficar na impunidade”, finaliza.
Catarina Galindo e Paulo Colombiano eram militantes do PCdoB – ela também integrava o quadro de funcionários do partido na Bahia.
 

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