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Haroldo Lima: Por um governo com menos armas e mais vacinas

19 fevereiro, 2021

O ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e membro do Comitê Central do PCdoB, Haroldo Lima, expressou sua opinião, em um vídeo produzido para a coluna do Portal Vermelho, sobre a atual situação do Brasil, em que o governo Bolsonaro flexibiliza a posse de mais armas ao invés de se preocupar com o aceleramento da vacinação contra Covid-19.

Conforme Haroldo, “dolorosa é a situação de nosso país. Um presidente alucinado volta às costas aos problemas dramáticos do povo, desconsidera suas necessidades, ridiculariza o sofrimento de gente que está morrendo por culpa de seu negacionismo e sua omissão. Cerca de 240 mil brasileiros já perderam a vida até agora nessa pandemia, por causa desse presidente que não comandou um processo nacional para combatê-la, mas, ao contrário, enganou o povo, e o abandonou desarmado frente ao vírus”, afirmou.

Como se não bastasse o fato de Bolsonaro não ter tomado iniciativa para garantir a vacinação em massa, diante de um cenário em que faltam leitos e oxigênio para os doentes contaminados pelo coronavírus, Haroldo chama atenção para as medidas tomadas pelo presidente da república de aumentar o acesso ao porte de armas, que se configuraria como “planos autoritários e de índoles fascistas”, nas palavras do membro do PCdoB.

É possível notar o plano genocida de Bolsonaro ao se deparar com a informação de que, só nos últimos dois anos, o governo dele editou mais de 30 atos normativos para aumentar a venda de armas de fogo no Brasil. Se, nas normas anteriores, estava previsto quatro armas por cidadão, a nova medida recém implementada pelo presidente aumenta para seis essa quantidade, além de 30 armas para caçador e 60 para colecionador.

“Porque, ninguém se engane, essas armas são caras. Nenhum cidadão de poder aquisitivo médio pode comprar seis dessas armas, muito menos 30 ou 60. Quem pode fazer essas compras são as milícias e outros setores do crime organizado que estão sendo armados por Bolsonaro”, alertou Haroldo.

“O que hoje nosso povo necessita urgentemente é de vacinas para que possa voltar logo suas atividades. Nesse momento, espera-se que o congresso suste os quatro últimos decretos de arma de Bolsonaro, porque são errados e ilegais, já que a legislação veda que o presidente possa legislar sobre armas através de decretos”, assegurou.

 

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