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Jaques Wagner: Marina põe em risco a biografia se apoiar Aécio

8 outubro, 2014

O governador Jaques Wagner, que encerra o segundo mandato em dezembro, comentou a disputa pela Presidência em segundo turno, em uma entrevista ao Estadão, publicada nesta quarta-feira (8/10). Wagner afirmou que Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, corre o risco de manchar a biografia se apoiar o até então adversário Aécio Neves, do PSDB.
Pela história de militância, Wagner defende que a caminhada de Marina é muito mais próxima da candidatura da presidenta Dilma Rousseff, do PT, e que, mesmo que ela apoie o PSDB, não vai conseguir influir sobre os eleitores. “Ninguém conduz seus votos. A mudança defendida pelos eleitores de Marina é da forma de fazer política. A mudança que o Aécio defende é o filme que eu já vi”, disse.
Perguntado sobre o apoio do PMDB, que no primeiro turno esteve com o PT no plano nacional e com o DEM no estado, o governador acredita que o partido não fará muita diferença porque saiu enfraquecido das eleições. O PMDB não conseguiu eleger Geddel Vieira Lima senador e fez apenas um deputado federal, Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel.
Em relação ao tom da campanha neste segundo turno, em que o PSDB deve repetir o ataque a Dilma por conta das denúncias envolvendo a Petrobrás, Jaques Wagner afirmou que o “povo não é besta” e não aceitará as lições de Aécio sobre ética. “As pessoas sabem que tanto o PT quanto o PSDB são partidos de homens e mulheres que erram e acertam”.
O governador também disse que vai trabalhar muito pela reeleição da presidenta Dilma, pois está mais tranquilo neste momento – conseguiu eleger em primeiro turno o sucessor Rui Costa. Agora, Wagner quer ampliar a diferença na votação de Dilma em relação a Aécio na Bahia – no primeiro turno a diferença foi de mais de 3 milhões.
 
 

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