Notícia

MP-BA oferece denúncia contra PMs envolvidos em chacina no Cabula

18 maio, 2015

Nesta segunda-feira (18/5), em coletiva para a imprensa na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), o promotor responsável pelo caso das 12 mortes no Cabula em fevereiro deste ano, Davi Gallo, disse que não está descartada a hipótese de envolvimento com o tráfico de drogas por parte das vítimas. “Não está descartada a possibilidade. Mas apenas um tinha ficha criminal. O que posso dizer é que a maioria não é traficante, mas provavelmente eram usuários”, explicou.
Ele disse que o local onde aconteceram os crimes era rota de fuga de viciados e traficantes e citou que uma operação anterior da Polícia Militar teria motivado a chacina no Cabula. “Aconteceu dez dias antes [operação policial] onde estavam três policiais acusados e um tenente. Em um confronto na vila Moisés, dois traficantes morreram e o tenente foi atingido com um tiro no pé. Foi um verdadeiro acerto de contas. Eles foram emboscados”.
O promotor afirmou que a ação não foi ordem da Polícia Militar. “Não existe ordem de comando para a ação. A conclusão é que o ato partiu da cabeça dos executores por causa de vingança de uma operação malfadada de dias antes”, concluiu ele.
Denúncia
O MP-BA ofereceu denúncia contra nove policiais militares envolvidos na chacina. Os promotores pediram ainda que os policiais tenham prisão preventiva decretada. Davi Gallo afirmou que foi concluído que houve tudo menos confronto durante a ação, que aconteceu no dia 6 de fevereiro e deixou 12 pessoas mortas.
“Depois de análise criteriosa e exaustiva concluímos de que houve uma verdadeira execução. As vítimas estavam deitadas de joelhos, os tiros eram de cima para baixo”, disse. Segundo ele, os indícios levam a acreditar que as vítimas estavam em posição inferior a quem atirava.
Com agências
 

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