O 28 de maio, Dia Internacional da Saúde da Mulher e Dia Nacional da Redução da Morte Materna, é fruto da mobilização de mais de duas décadas do movimento pela saúde das mulheres. E este ano será marcado por ações nas feiras de São Joaquim, em Salvador, e de Caçuá, em Alagoinhas, além de sessão especial na Câmara de Vereadores da capital.
A ação nas feiras, que acontece simultaneamente, das 8h às 16h, é iniciativa das secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e da Saúde (SESAB), em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia. O evento tem como objetivo chamar a atenção para a data e alertar a população sobre a importância do cuidado com a saúde.
Durante todo o dia, serão oferecidos gratuitamente os serviços de exames médicos; oftalmologia; orientações sobre limpeza bucal e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); aconselhamento sobre planejamento familiar; serviços de corte de cabelo e maquiagem; execução de pesquisas investigativas sobre a saúde da mulher, além de momentos para o bem-estar.
De acordo com a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Olívia Santana, é importante que sejam realizados eventos com foco nas mulheres que não têm acesso a esses serviços diariamente, como é o caso das feirantes. “São mulheres que entram na feira às 4h da manhã e saem às 21h. Muitas vezes, não fazem um exame preventivo e desconhecem sobre a própria saúde”. Segundo Olívia, é essencial que a Secretaria tenha um olhar mais amplo, e alcance essas mulheres.
Sessão na Câmara
Outra ação que marca a data é a sessão especial na Câmara Municipal de Salvador, às 9h desta quinta (28/05), debatendo estratégias nos âmbitos municipal e estadual para a redução dos índices de mortalidade e execução do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna, formulado pelo Ministério da Saúde.
O evento, intitulado “Dia de Luta pela Redução da Mortalidade Materna: Em Defesa da Vida das Mulheres”, é promovido pelas Comissões de Defesa do Direito da Mulher da Câmara Municipal de Salvador e da Assembleia Legislativa, e tem o intuito de chamar a atenção da sociedade para as causas de morte maternas. Além disso, visa ampliar o debate público sobre os direitos das mulheres.
“Esse é um problema grave de saúde pública, a Bahia tem uma das maiores taxas de mortalidade materna do Brasil, nós queremos chamar atenção para as causas do problema. Entre estas, as deficiências na atenção integral à saúde da mulher, na assistência humanizada ao parto, no pré-natal de qualidade e acesso a métodos contraceptivo“, explica a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Aladilce Souza.