Notícia

Nilton Vasconcelos fala sobre trabalho em congresso internacional

10 novembro, 2014

Na abertura da 18ª edição do Congresso Internacional de Educação – Aprendo, na sexta-feira (7/11), em Santo Domingo, no Caribe, o secretário do Trabalho da Bahia (Setre), Nilton Vasconcelos, disse que “não há ocupação para todos. E muitas vezes, quando existem oportunidades de emprego, não se encontra trabalhadores que preencham o perfil profissional requerido pelas empresas. Todos os países enfrentam este problema, sejam economias mais frágeis, países em desenvolvimento ou já desenvolvidos”.

Dirigindo-se a estudiosos do tema, gestores públicos, empresários, trabalhadores e, especialmente, jovens, o Nilton agradeceu o convite para falar e destacou que “os governos nacionais buscam soluções que garantam uma inserção produtiva aos jovens, para que eles sigam com a esperança de construir uma sociedade nova, que atenda às aspirações crescentes de justiça, de cidadania plena e de uma vida melhor”.

Falando não apenas na condição de professor pesquisador, mas, principalmente, a partir da experiência acumulada nos últimos oito anos, exercendo as funções de responsável pela política de trabalho, emprego e renda na Bahia, Nilton Vasconcelos afirmou que “educação, formação profissional, mercado de trabalho, reestruturação produtiva e desenvolvimento econômico são temas que se relacionam profundamente à condição da juventude nos dias atuais”.

Em seguida, acrescentou: “cada geração enfrenta problemas que são característicos do seu tempo, do estágio de desenvolvimento de seu país. Os valores e desejos de autonomia, de crescimento como pessoa e como profissional podem ser os mesmos em muitos aspectos. As circunstâncias e problemas concretos, no entanto, são específicos, tem particularidades”.

O secretário do Trabalho da Bahia reconhece que o acesso ao mercado de trabalho tem sido cada vez mais difícil para os jovens. “Este é o dilema em que se encontra a nossa juventude em todo o mundo, com distintas ênfases entre as nações. Também nós, gestores públicos que temos responsabilidade direta no assunto, enfrentamos o desafio de encontrar uma solução para o problema”.

Reflexão local

O Brasil, que nos últimos dez anos criou mais de 20 milhões de empregos formais, baixando a taxa de desemprego a 5%, foi alvo de reflexão do secretário baiano. “A taxa do desemprego juvenil corresponde ao dobro da média nacional. Contudo, observa-se, nos últimos dois anos, uma tendência à redução dos saldos de emprego, ainda que a taxa de desemprego siga caindo”, avaliou.

Nilton Vasconcelos disse, ainda, que, neste mesmo período, entretanto, foi ampliada de forma significativa a política de formação profissional e de cursos de capacitação, tendo sido aprovada uma lei que destina mais 50% dos royalties e rendimentos obtidos com a exploração do petróleo das enormes jazidas do pré-sal para a educação.

“Esta medida deverá alavancar o esforço de superar as principais deficiências educacionais no país”, justificou. Para finalizar, argumentou: “através das Agendas de Trabalho Decente e baseadas em diagnóstico da realidade de cada país, são estabelecidas prioridades e metas a serem atingidas, visando a erradicação do trabalho infantil; a redução dos acidentes de trabalho; a redução das desigualdades de raça e gênero no mercado de trabalho; a promoção de emprego para jovens, entre outros temas”.

Ao final de sua, concluiu: “Não há uma fórmula única para resolver este problema de acesso dos jovens ao mercado de trabalho. Com base na experiência internacional, encontramos sinais ou indicações, mas as soluções neste campo passam pela compreensão das peculiaridades locais, do processo de construção histórica da sociedade e da identificação das potencialidades que possam ser revertidas para o êxito da estratégia de desenvolvimento”.

PCdoB - Partido Comunista do Brasil - Todos os direitos reservados