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Olivia e Manuela debatem estratégias de luta para os novos tempos

17 janeiro, 2020

 

‘Por que lutamos?’ é o título do novo livro da ex-deputada federal gaúcha Manuela D’Ávila e foi, também, o tema de um bate-papo que a autora participou com a pré-candidata a prefeita de Salvador pelo PCdoB, a deputada estadual Olívia Santana. O encontro foi na livraria LDM do Cinema Glauber Rocha, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (17/01), e rendeu muitas reflexões sobre a atuação política nestes novos tempos.
Olívia iniciou o debate defendendo a necessidade de se estabelecer um diálogo amplo e desmitificando questões relacionadas ao conceito de ‘lugar de fala’, que, segundo ela, nem sempre é interpretado corretamente. Citando a filósofa estadunidense Angela Davis, a pré-candidata explicou que a luta antirracista, por exemplo, não deve ser feita apenas por ela, mulher negra, mas também por pessoas como Manuela D’Ávila, que é branca.
Como marxista, Olívia também pontuou a necessidade da transversalidade da luta de classes com todas as outras, contra o racismo, o machismo, a LGBTfobia, por exemplo. Para ela, não há lutas antagônicas, nem secundárias e principais. “Temos a possibilidade de juntar tudo, não negar nada, e fazer uma luta transformadora”, explicou.
Na ocasião, Olivia também comentou o vídeo do secretário de Cultura de Bolsonaro, Roberto Alvim, cuja mensagem foi copiada de um discurso Joseph Goebbels, ministro de propaganda da Alemanha nazista. Segundo ela, o episódio é mais um indicativo da urgência da intensificação das mobilizações contra o atual governo.
“O que mais falta acontecer no Brasil? Eles crescem em cima da nossa omissão”, opinou a deputada comunista.
Lições do Bonfim
Manuela D’Ávila cumpriu uma agenda em Salvador que, além do lançamento do livro, incluiu também participação na tradicional Lavagem do Bonfim, na última quinta-feira (16). No discurso, a ex-deputada gaúcha fez uma avaliação sobre a experiência e destacou que o evento baiano traz importantes lições.
“As razões pelas quais lutamos estavam presentes no ‘Bonfim’. São vários símbolos de convivência harmoniosa entre diversas religiões e partidos. Resiste aqui um Brasil da diversidade. É a imagem de um Brasil de respeito que está deixando de existir”, afirmou Manuela.
Após o bate-papo, Manuela ainda autografou os livros dos participantes presentes no encontro, que fecha a agenda dela na capital baiana.

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