A comunidade quilombola dos Pedros, localizada no município de Entre Rios (BA), celebrou nesta quinta-feira (8) um marco importante na luta pelo direito à terra: o início oficial da fase técnica do processo de regularização e titularização do território quilombola. A conquista, fruto de articulação entre lideranças locais e órgãos institucionais, foi destacada pelo PCdoB como uma vitória da resistência e da organização popular.

A reunião que marcou esse avanço contou com a presença da presidente do PCdoB de Entre Rios, Tatiane Araújo, do mandato do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), representado por Marcos Almeida, e de representantes da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), da Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA), bem como de lideranças da comunidade.

Para Tatiane Araújo, líder do PCdoB no município, o momento representa um divisor de águas. “Essa etapa é fundamental para garantir o direito constitucional à terra. O PCdoB tem lado, e é o lado de quem constrói a vida e a dignidade no campo. Ver a comunidade dos Pedros avançar nesse processo nos enche de orgulho e compromisso”, afirmou.

Durante o encontro, técnicos da SDA iniciaram a elaboração dos relatórios que compõem a base do processo legal de regularização fundiária. Esse trabalho é essencial para a emissão do título de posse definitiva do território, garantindo segurança jurídica às famílias quilombolas e fortalecendo sua autonomia.

Marcos Almeida, assessor do deputado Daniel Almeida, reforçou o empenho do mandato federal nas pautas do campo e da igualdade racial. “Regularizar é reparar. É reconhecer que essas comunidades, como a dos Pedros, preservam memória, cultura e modos de vida que sustentam a identidade brasileira. Esse passo é resultado de muita luta, e o PCdoB seguirá vigilante até a titulação ser uma realidade.”

A ação integra os esforços dos governos estadual e federal para ampliar o acesso à terra e assegurar justiça social para comunidades tradicionais. O avanço foi possível graças ao diálogo entre instituições públicas e movimentos sociais organizados, demonstrando que a política pode, sim, ser instrumento de transformação concreta.