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PCdoB-BA se solidariza com trabalhadores (as) demitidos (as) da Ford

19 janeiro, 2021

PCdoB-BA se solidariza com trabalhadoras e trabalhadores demitidos (as)da Ford

O PCdoB-BA repudia a decisão da Ford, anunciada na segunda-feira (11/01), de fechar suas fábricas no Brasil, sendo elas a de Camaçari (BA), a de Taubaté (SP) e a de Horizonte (CE). Lamentamos que tantas trabalhadores e trabalhadoras brasileiros (as) tenham sido demitidos(as), ainda mais em um momento delicado, de altos índices de desemprego e de crises econômica, social e sanitária.

É lamentável a omissão de Bolsonaro diante de mais um retrocesso à indústria brasileira. O desgoverno condena cada vez mais a classe trabalhadora ao desemprego, à pobreza, à precariedade e a informalidade nas relações de trabalho. Não obstante o desastre na condução da crise sanitária, nos deparamos com uma trágica condução da economia. Por isto, o PCdoB-BA se solidariza com os demitidos da Ford, e reafirma o compromisso do partido com a luta pela garantia de direitos e pela reparação de injustiças.

Além de implicações, como a perda de empregos, o fechamento da montadora representa mais um episódio no processo de desindustrialização do Brasil, assim como a ausência de investimentos públicos e de um projeto de retomada da economia. Caso não haja um plano efetivo de desenvolvimento nacional, outras  empresas podem seguir o mesmo caminho da Ford e encerrar as suas atividades no Brasil. Infelizmente, o que vemos é o governo e seu ministro Paulo Guedes ignorando a importância da indústria para o desenvolvimento do país.

Milhares de famílias são afetadas diretamente e indiretamente com o fechamento da Ford no Brasil, de várias formas. Não apenas as (os) funcionárias (os) da multinacional, assim como todas as empresas da cadeia que estão em torno da Ford, especialmente do ramo de autopeças e do setor de transportes. No total, estima-se que são 70 mil trabalhadoras e trabalhadores na Bahia, 12 mil só entre os metalúrgicos de Camaçari.

Tem também a perda direta de arrecadação com os impostos ligados à produção. E mais, os 118.864 mil postos de trabalho – somando os diretos, indiretos e induzidos – destituídos no país retiram cerca de R$ 3 bilhões por ano da economia, referente aos salários da classe trabalhadora que são destinados quase que exclusivamente ao consumo das famílias. Ou seja, com o tempo, isso provoca dificuldades em outros segmentos, entre os quais, a administração pública e a oferta de serviços públicos de qualidade. A prefeitura de Camaçari, por exemplo, declarou que os impactos da medida nos cofres públicos tendem a girar em torno de R$130 milhões anuais. De uma ponta a outra, todo o prejuízo recai sob os ombros da classe trabalhadora.

Em defesa da Bahia e do Brasil, o PCdoB-BA segue firme, junto à classe trabalhadora brasileira, na luta pelo direito ao emprego e contra o desmonte do país patrocinado por Bolsonaro.

Davidson Magalhães – Presidente do PCdoB-BA

Vital Vasconcelos – Presidente do PCdoB de Camaçari

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