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“Precisamos que a vacina chegue aos profissionais da educação”, defende Alice Portugal

19 janeiro, 2021

Na noite de segunda-feira, 18, parlamentares baianos organizaram e participaram da Live Profissionais da Educação – Vacina Já, que foi transmitida, a partir das 19 horas, nas redes do deputado federal Bacelar (PODEMOS). O parlamentar é um dos responsáveis pelo lançamento dessa campanha na Bahia, junto com a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) e com a também deputada federal Lídice da Mata (PSB).

Além desses, o encontro também contou com a participação do secretário da educação do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues Souza, do presidente da APLB- Sindicato, Rui Oliveira, de Heleno Araújo, do CNT, e dos primeiros organizadores desse movimento no Brasil, no Ceará, o deputado federal Idilvan Alencar (PDT) e a deputada federal Dorinha Seabra (DEM).

O objetivo da campanha é chamar atenção para a necessidade de que os profissionais do setor educacional sejam priorizados na vacinação contra Covid-19. Pois, como afirma Alice Portugal (PCdoB-BA), “a educação estava no grupo prioritário, mas foi tirada pelo presidente da república. Esse protocolo da vacina vem recheado de incongruências e de atrasos”.

Ao defender a vacinação de todos aqueles que compõem a comunidade escolar, tais como os professores, funcionários da escola, agentes de limpeza, porteiros e as merendeiras, Alice Portugal (PCdoB-BA) argumenta o porquê do grupo da educação ser tratado como prioridade na vacinação, além do motivo de ser a base para a formação da sociedade brasileira.

“Nós temos um grande número de profissionais da educação que, pelo trabalho que envolve ficar em pé, tem problemas circulatórios, tem problemas de pressão arterial. Temos muitos professores com alergias respiratórias, porque nós ainda usamos giz. Esse é um grupo que está incorporado ao grupo de risco independente da idade, porque são comorbidades características do fazer, são as chamadas doenças do trabalho, doenças da ocupação, que o professorado tem de maneira alargada”.

Assim como também alegou que os profissionais da educação precisam ser vacinados porque a escola é um lugar de “aglomeração do bem”, como disse Alice Portugal. “A escola é um espaço de vivência, é impossível escola sem troca, sem fala. A educação brasileira parou, e sabemos o que significa em termos de prejuízo da aprendizagem, de evolução da compreensão, não somente conteudística, mas também emocional e humana para os alunos. Muitos governos estão anunciando que vão voltar às aulas em março. Mas vão voltar como, se nós não vacinarmos o grupo educação?”, indagou.

Ainda na aflição de como fica a situação dos alunos mais vulneráveis sem aula presencial, Rui Oliveira disse, “eu fico preocupado com o índice de evasão que vai ter na rede estadual. É muito importante trazer os alunos de volta, já que 60 % de alunos da rede pública não têm acesso à internet. A gente quer aula presencial, mas só com vacina. Temos que valorizar os profissionais da educação”.

No encerramento da Live, uma das idealizadoras do movimento na Bahia, Alice Portugal (PCdoB-BA), finalizou com a fala de que “precisamos garantir vida para os trabalhadores da educação. Precisamos que essa aglomeração do bem volte a funcionar, e que a vacina chegue a cada braço dos profissionais de educação. Isso é fundamental para que a escola possa ser reaberta com segurança”.

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