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“Queremos reconhecimento e reciprocidade”, diz Daniel sobre 2014

20 setembro, 2013

O presidente do PCdoB-BA, deputado Daniel Almeida, comentou as declarações publicadas no jornal Tribuna da Bahia, na última terça-feira (3), sobre a participação do partido nas eleições de 2014. Assinada pelo jornalista Fernando Duarte, a matéria traz como título: “PCdoB entra na briga por um espaço na chapa que disputará sucessão na Bahia”.
Segundo Daniel, ainda não existe uma definição do PCdoB sobre o desenho das próximas eleições. A atualização da tática eleitoral vai ser tratada durante a próxima reunião da Comissão Política do Partido, marcada para acontecer na segunda-feira (9), na sede estadual.
O presidente afirmou que a matéria traz, como sendo novo, o conhecido posicionamento do PCdoB sobre a participação das legendas da base do governador Jaques Wagner (PT) nas eleições. O partido sempre defendeu a necessidade de os aliados também comporem a disputa da chapa majoritária – que contempla, no caso das eleições de 2014 no estado, os cargos de governador, vice e senador.
“O que está na entrevista é uma opinião que o PCdoB sempre teve. Estamos tentando fazer um movimento para que a militância e os partidos tenham uma compreensão que fazemos parte de um projeto político, que somos uma união de forças. Para isso, estamos intensificando o contato com todos os partidos que compõem o projeto”, explica Daniel Almeida.
Desistências
O presidente lembrou que, em diversos momentos da disputa eleitoral, o PCdoB abandonou o desejo de concorrer à majoritária em prol do fortalecimento e unidade do projeto político. “São vários esses os momentos”, disse ele, destacando as disputadas dos anos de 2006, 2008, 2010 e 2012.
“Em 2006, nós tínhamos esse pleito no senado para Olívia Santana e cedemos para o apoio da base a João Durval. Em 2008, na campanha para a prefeitura de Salvador, Olívia seria vice de Pinheiro, mas tornamos a ceder. Em 2010, lançaríamos Haroldo Lima para o senado, mas retiramos a candidatura para apoiar César Borges, que viria para a base, mas que depois se aliou a Geddel. Em 2012, desistimos da candidatura de Alice Portugal para apoiar Pelegrino”, relembrou Daniel.
Em todas as situações, segundo o presidente, o PCdoB retirou as candidaturas para ampliar a base e beneficiar a unidade do projeto político. Dessa vez, o partido espera ter “reconhecimento e reciprocidade”. “Temos uma trajetória”, lembrou ele.
Pesquisas
O resultado das primeiras pesquisas de intenção de voto para 2014 foi utilizado por Daniel Almeida para reforçar a defesa da necessidade de abertura de espaço para os aliados na composição das chapas majoritárias. Os três nomes do PT anunciados como possíveis candidatos – Rui Costa, Sergio Gabrielli e Walter Pinheiro – não aparecem bem nos levantamentos feitos.
“Não tem nenhum nome natural. Esse é um projeto e por isso nenhum nome está tendo força. A força está no projeto político”, finalizou.

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