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Representação de Aladilce contra a titular da Sefaz supõe improbidade administrativa

27 março, 2025

Com base no desrespeito à Lei de Acesso à Informação, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da Bancada da Oposição na Câmara de Salvador, protocolou, na segunda-feira (24), representação junto à Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, do
Ministério Público do Estado, contra a secretária municipal da Fazenda, Giovana Victer. No recurso ela pede investigação por “possível prática de improbidade administrativa”.

Ela argumenta que, em 25 de fevereiro deste ano, exercendo o direito que o mandato de vereadora lhe confere, protocolou ofício junto à Sefaz solicitando informações referentes ao processo administrativo de venda, por leilão, de um terreno localizado no Morro Ipiranga, na Barra. No documento a vereadora ressaltou que “a recusa no fornecimento, o retardo deliberado ou a disponibilização intencional de forma incorreta, incompleta ou imprecisa das informações solicitadas constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilização do agente público por improbidade administrativa, de acordo com o art. 32, §2º, da Lei nº 12.527/2011”. Mas, apesar da advertência, até o momento a solicitação foi ignorada.

Simpatia

“Sequer a secretária se dignou a solicitar prorrogação de prazo para atendimento do ofício, configurando evidente descumprimento dos prazos estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação”, ponderou Aladilce. A LAI, ressalta, assegura a qualquer cidadão o direito de obter dos órgãos públicos informações de interesse coletivo ou geral. “E os gestores não podem esquecer que nós, vereadores, temos o dever e o direito de fiscalizar o Executivo. Portanto, o que estou pedindo é obrigação deles fornecerem, não depende da vontade ou simpatia. E a recusa sujeita o responsável a medidas disciplinares e sanções”, frisou a líder da oposição.

Os atos de improbidade administrativa, de acordo com a legislação, atentam contra os princípios da administração pública, incluindo a violação dos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. Diante da falta de resposta, Aladilce requereu ao MP a instauração de procedimento investigativo para apurar a conduta da secretária Giovana Victer; de medidas legais cabíveis para assegurar a disponibilização das informações solicitadas; e apuração de eventual prática de improbidade administrativa por parte da titular da Sefaz, “com a aplicação das sanções previstas na legislação pertinente, caso constatada a infração”.

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