O militante Ronald Castro é o novo presidente eleito do Conselho Estadual da Juventude da Bahia (CEJUVE), órgão vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia (SJDHDS).
O jovem, que é arte-educador e produtor cultural, cresceu em Sussuarana, um dos bairros de Salvador com maior índice de periferias. E foi justamente nesse espaço, como conta Ronald, que ele começou a trajetória política voltada para o trabalho com a juventude.
Segundo o presidente, tudo começou nos movimentos sociais e no movimento estudantil. “Fui da primeira gestão do grêmio estudantil da escola durante meu ensino médio, e fizemos revolução. Foi nesse período que conheci a UJS e me encantei pela luta, resistência e comprometimento político”, relata.
E como quem tem orgulho de sua origem, Ronald declara: “Sussuarana se tornou um pólo sociocultural muito grande, e as nossas ações são conhecidas inclusive internacionalmente.
O presidente do CEJUVE afirma que correlaciona as vivências sociais dele com o trabalho que realiza na Agenda Bahia do Trabalho Decente, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), caminho que seguirá também na atuação do novo cargo.
“Nós temos as nossas referências, mas também somos referências”, avalia Ronald sobre o papel que irá desempenhar no Centro Estadual de Juventude. Em relação ao primeiro caso, o presidente conta que tem como boas referências muitas pessoas dos movimentos sociais, dos movimentos estudantis e políticos dos quais faz parte.
Já em ser um exemplo para outros jovens, ele manifesta: “é muito importante ser essa representatividade, sobretudo sendo um jovem negro e periférico. As oportunidades chegam com dificuldade, para que essas oportunidades sejam abraçadas, a gente precisa passar por diversos lugares, para não se tornar parte de uma estatística da sociedade”.
Revela que, atualmente, um dos desafios da sua gestão no CEJUVE é o de mapear como está a situação da juventude durante a pandemia, para ajudá-la nesse processo de extrema vulnerabilidade social.
“Os desafios acontecem ao longo da caminhada, mas creio que estamos preparados, já que somos frutos de movimentos e ações de políticas públicas fortificadas. Estamos prontos para fazer uma gestão combativa, objetiva, coerente”, finaliza assim o atual presidente da CEJUVE.
