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“Saudades de um país onde podíamos sonhar” diz autor do livro Torto Arado

26 fevereiro, 2021

O premiado autor baiano de Torto Arado, Itamar Vieira Junior, postou ontem (25) em suas redes sociais uma foto do ex-presidente Lula segurando o seu livro. Ocasião que Itamar declarou: “quando vi essa imagem, senti saudades de um país onde podíamos sonhar”, referindo-se ao governo do petista, em que o Brasil avançou na educação, na saúde, e era respeitado internacionalmente.

Agora, o povo brasileiro tem dificuldade em sonhar diante do cenário de caos que se instalou durante o governo Bolsonaro. O país, que antes era reconhecido pela cordialidade com as outras nações, virou piada, é visto com receio. Os investimentos na educação retrocederam, como é possível notar com os cortes de bolsas na pesquisa e na ciência.

E a condução da pandemia no Brasil é uma das piores do mundo, sendo que não se trata de um país paupérrimo, e sim emergente, e que é referência em vacinação, além de contar com o Sistema Único de Saúde (SUS). Está difícil continuar sonhando, porque está difícil acreditar que as potências do país têm retrocedido tanto.

“Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre” para lutar contra o governo Bolsonaro, é preciso ter a insubordinação social tão presente no livro Torto Arado, que não à toa, recebeu os prêmios LeYa, de 2018, Jabuti e Oceanos, no ano passado.

O romance, que é ambientado no sertão baiano, tem como personagens principais as irmãs Bibiana e Belonísia, que encontram uma faca em uma mala guardada da avó, e que, a partir de um acidente, têm suas vidas ligadas para sempre: uma precisa ser a voz da outra.

Se Lula, que é um leitor assíduo, ao contrário de uns e outros na presidência da república, leu, gostou e se emocionou , ao relembrar de sua infância no sertão, é sinal de que o livro é muito bom.

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