Notícia

Sem acordo, comerciários continuam com paralisações em Salvador

13 novembro, 2014

O Sindicato dos Comerciários de Salvador anunciou que a categoria não pretende terminar a greve enquanto o patronato não sentar na mesa de negociação para discutir o reajuste salarial e assinar a Convenção Coletiva. A data-base dos trabalhadores é em março e, de lá para cá, não houve diálogo com os empresários do setor, que se negam a tratar sobre a alimentação, item conquistado na campanha salarial do ano passado.
Por conta do impasse, os comerciários realizam, durante essa semana, paralisações no Centro da capital baiana, um dos principais pontos de comércio da cidade. Na última quarta-feira (12/11), cerca de 150 manifestantes adentraram e fecharam as lojas do Shopping Piedade, um dos mais populares da região, em protesto contra a resistência dos patrões em negociar.
“É um absurdo o que os empresários estão fazendo com a categoria. Nossa data base é março, já estamos no mês de novembro e até hoje não tivemos rodadas de negociações. Os patrões estão chantageando os trabalhadores, dizendo que só dão o reajuste se for retirada a alimentação, que conquistamos em 2013”, explicou Jaelson Dourado, presidente do sindicato.
Sem o acordo, Dourado garante que o sindicato vai intensificar as paralisações em Salvador e ampliar os movimentos também para outros shoppings da capital. Além do Shopping Piedade, também foram realizadas mobilizações nos shoppings Barra, Center Lapa, Iguatemi e Salvador, e nos bairros de Cajazeiras, Pau da Lima, Liberdade e Calçada.
Pauta
Na pauta de reivindicações dos comerciários estão reajuste de 13%, vale-refeição diário de R$ 9 ante os R$ 8,40 pagos atualmente. A categoria já solicitou a intermediação do Ministério Público e da Superintendência Regional do Trabalho no caso, mas o patronato não compareceu aos encontros marcados pelos órgãos públicos.
O vereador de Salvador Everaldo Augusto (PCdoB) solicitou a criação, na Câmara, de uma comissão especial para acompanhar as negociações. “A campanha Salarial dos comerciários chegou a um determinado impasse que não é mais um problema da categoria, de relação de emprego. Hoje é um problema de toda a cidade”, justificou o edil.
A greve do sindicato também tem o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia (CTB). “A CTB não poderia ficar de fora desta luta dos comerciários, que tem história e tradição de ações políticas na categoria. Neste momento, o Sindicato mostra sua força dizendo que se não assinar a convenção vamos radicalizar.”, destacou Rosa Souza, vice-presidenta da CTB Bahia.
 
*Colaborou Ascom/Sind. dos Comerciários

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