Notícia

Seminário da Unegro discute o papel do negro no combate ao racismo

9 fevereiro, 2015

Com o objetivo de debater as ações e intervenções da entidade para o ano de 2015, dentro e fora do movimento anti racista, a Unegro promoveu, nos dias 06 e 07 de fevereiro, o Seminário de Planejamento, que contou com a presença de representantes de 12 municípios: Itaperoá, Santo Amaro, Camaçari, Dias D’Ávila, Feira de Santana, Valença, Cruz das Almas, Simões Filho, Maragogipe, Paulo Afonso e Salvador, cidade onde foi realizado.
A abertura do seminário foi realizada com uma mesa que tratou da conjuntura social e econômica do país, com um recorte de raça, que contou com as presenças de Ana Georgina (Dieese), Mônica Custódio (CTB), Olívia Santana (SPM) e Ricardo Moreno (Uneb), buscando fomentar o diálogo dos diversos atores, tanto do poder público quanto da sociedade civil organizada.
Os convidados discorreram, respectivamente, acerca da disputa do projeto de governo em curso, sobretudo no que tange ao conservadorismo das medidas econômicas e suas consequências na realidade da população negra; a importância de termos quadros qualificados e oriundos do movimento antirracista nos espaços de decisão, afim de desconstruir a imagem do negro; a dificuldade do movimento social em aglutinar forças e a contradição da necessidade de se organizar e adquirir musculatura política para enfrentar o momento de conservadorismo do Congresso Nacional e o reconhecimento do racismo pelo estado na tentativa de aperfeiçoar as políticas publicas utilizando o modelo publico, principalmente da universidade para todos e todas.
No segundo dia, foi apresentada a metodologia de trabalho para os 12 municípios presentes, que puderam, a partir de uma visão dialética e participativa dos sujeitos políticos da entidade, através das intervenções individuais e abordagem  em grupo, discutir classe, gênero e raça, eixos norteadores da entidade.
O Seminário de Planejamento acontece em um momento em que o recrudescimento do racismo no Brasil e no mundo se apresenta mais cruel a cada dia, tornando imprescindível orientação e o empoderamento da militância da Unegro no embate da luta antirracista, “a construção da perspectiva do que a entidade defende para a sociedade transversalizando a luta política para enegrecer o não só a universidade mais o entendimento da sociedade”, como deixou explicito a presidente da Unegro Bahia, Sirlene Assis.

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