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Vereador de Salvador denuncia conchavo de ACM Neto com Eduardo Cunha

15 março, 2016

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O vereador de Salvador José Trindade (PSL) denunciou, em uma entrevista publicada nesta terça-feira (15/03) no site Política Livre, que o prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), tem manipulado a atuação do correligionário Paulo Azi, deputado federal, na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados para beneficiar Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Cunha, que preside a Casa, é investigado por corrupção e, por conta disso, o colegiado aprecia a possibilidade da cassação.
“Na configuração atual do Conselho de Ética, o voto de Paulo Azi pode se configurar no voto decisivo para livrar Cunha. Então, como ACM Neto quer se preservar, está criando artifícios para blindar Azi e retirar o DEM do processo, o que faz parte do acordo com o PMDB, e a retirada da acusação de recebimento de propina por Cunha é um indicativo forte desse acordo”, avaliou Trindade.
A suspeita do vereador é de que o prefeito estaria “tentando trazer o correligionário para gerir uma secretaria municipal”, para justificar o afastamento da Comissão de Ética. Assim, o prefeito, que teria o voto representado por Azi, conseguiria sair de “uma enrascada: se votar a favor do processo trai os aliados, se votar contra trai a nação”, defendeu o edil.
A decisão de ACM Neto mira, ainda segundo o vereador, nas eleições municipais deste ano, em que ele já se apresenta como pré-candidato à reeleição. “Vai ter que optar entre aliados e o povo, vai ter que assumir o ônus; como ele sempre opta pelos interesses pessoais, esse ônus pode lhe custar muito caro […] Outra estratégia arcaica que reflete mais uma contradição do gestor que defende uma nova política”, disse.
Trindade ainda criticou o método da família do prefeito de fazer política, iniciado pelo avô, o ex-governador ACM. “O prefeito está tentando sair pela tangente, mas estamos atentos a seus passos, mesmo porque esses já são conhecidos pelos baianos e sabemos exatamente com quem ele aprendeu […] A história política registra a cultura de lambe botas da família Magalhães aos governos militares, e este seria mais um conchavo com o poder”, completou.
 

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