Notícia

Wagner: Oposição e mídia incitam intolerância contra nordestinos

13 outubro, 2014

O governador Jaques Wagner, que tem sido considerado uma peça importante para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), neste segundo turno, atribuiu à mídia e à oposição a onda de intolerância contra os nordestinos, em uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada nesta segunda-feira (13/10). Segundo Wagner, os dois criam um “caldo de cultura antipetista”.
A existência dessa cultura é o que explicaria, para o governador, a utilização dos argumentos preconceituosos, como o de que quem vota no PT é desinformado e de que o partido promove um conflito entre ricos e pobres no Brasil. Wagner defende que tudo isso é um “besteirol” e que é do ex-presidente Lula o título de “grande conciliador nacional”.
“Ao contrário do que Aécio [Neves, adversário de Dilma neste segundo turno] mente na TV, quem sempre dividiu o Brasil entre ricos e pobres foi o PSDB, que nunca trabalhou na permeabilidade social. Pobre não tem raiva de rico, pobre tem raiva da exclusão. E nós incluímos 40 milhões [de pessoas]”, afirmou Jaques Wagner.
Sobre o apoio que o PSB em Pernambuco deu a Aécio Neves, o governador diz ser um equívoco e que o estado “está ainda no emocional”, por conta da morte de Eduardo Campos. “Não me consta que nos oito anos do PSDB Pernambuco tenha dado um grande salto. O PSDB trabalhou contra a ida da Fiat para lá. As questões regionais pesam. Por isso, pode não ser bom ter um governo conduzido por uma matriz paulista e mineira”, afirmou.
Jaques Wagner também criticou a exploração do tema corrupção nas propagandas do PSDB, o que para ele é “muita hipocrisia”. “Não reconheço em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética. (…) Ninguém ganha a eleição dizendo ‘sou honesto’. Até porque ninguém acredita”, acrescentou.
O maior respeito ao governador Wagner neste segundo turno se deve ao fato de ele ter conquistado dois feitos no primeiro turno: elegeu o sucessor, Rui Costa, também do PT, que já apareceu em terceiro lugar nas pesquisas, e conseguiu maioria para Dilma Rousseff em 416 dos 417 municípios baianos – o que equivale a uma frente de mais de 3 milhões de votos.
 
 
 

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